sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Três Porcento de Quanto?

É batata! Sempre que temos informações sobre economia, crescimento ou investimentos, surge uma informação em percentagem.

Mas, naturalmente, não é incomum faltar a informação sobre a natureza desta percentagem. Pode até ser desconhecimento ou ignorância. O problema é que a informação é essencial.

Um caso aonde isso quase aconteceu: esta notícia sobre investimento em telecomunicações.

Textualmente:

Investimento das teles só cresce 3% ao ano, diz estudo

Segundo a AT Kearney, entre 2005 e 2011, foram investidos 115 bilhões de reais em infraestrutura de telecomunicações

Técnico da operadora de telefonia celular Vivo fazendo manutenção em antena em Perdizes, São Paulo
Estudo aponta que investimento de teles está aquém do necessário (Germano Luders)
As operadoras de telecomunicações têm sido bastante cobradas nos últimos meses pela qualidade dos serviços, principalmente móveis. Um estudo apresentado pela AT Kearney nesta quinta-feira, durante o evento Painel Telebrasil, em Brasília, mostrou que, de 2005 a 2011, o crescimento médio anual dos investimentos nas redes fixas e celulares cresceu somente 3% ao ano. O consultor Tiago Monteiro apontou que, no período, foram investidos 115 bilhões de reais.

Naturalmente o problema é o seguinte: 115 bilhões de reais é muito dinheiro mesmo! Então como conciliar esta informação com os (pífios) 3% ao ano?

Bom, primeiro 3% ao ano são o crescimento no investimento. Ou seja

X+X*(1.03)^1+X*(1.03)^2+X*(1.03)^3+X*(1.03)^5+X*(1.03)^5 = 115 bilhões

ou

X = 115/7.63

Ou seja o investimento inicial (X) anual é de 15.08 bilhões. No ano seguinte o investimento foi de 15.08*(1.03) = 15.53, no ano seguinte foi 15.53*1.03 = 15.995, e assim por diante.

Então, caro leitor, perceba que a forma como a informação é repassada pode fazer a diferença na percepção da mesma.

Se a manchete tivesse sido:

Investimento das teles nos últimos seis anos foi em média de 19 bilhões ao ano, diz estudo


sua percepção teria sido diferente, não?

Uma Informação Útil

Esta é uma das telas do filiaweb
Muitas vezes fiquei curioso em saber se determinada pessoa era ou não filiada a partidos políticos.
Pode ser útil.
Hoje, por acaso, descobri um local na internet para checar listas de filiados: aqui. Além disso há o FiliaWeb.

Pessoalmente, acredito que as listas são mais úteis.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Uma Idéia contra Queimadas

Este post é mesmo para marcar uma ideia que tive poucas horas atrás quando vi bombeiros combatendo uma queimada.
Quem sabe uma ideia dessa pode acabar sendo útil.
Uma forma de minimizar o dano de queimadas seria espalhar, durante as épocas quando queimadas costumam acontecer, um conjunto de recipientes preenchidos com fluido contra incêndios (talvez algo assim).

Os locais poderiam ser determinados por análise estatística, os locais com maior probabilidade de incêndio poderiam ser determinados e nestes, os recipientes poderiam ser espalhados.

Quando o fogo chegasse próximo ao recipiente, então o mesmo se "quebraria" espalhando o líquido em diversas direções (pode ser por projeto de como deve ser a estrutura do recipiente, ou mesmo por cargas explosivas dentro do recipiente).
Algo assim, só que causado apenas pelo calor da queimada.
Um número suficiente destes poderia evitar que incêndios de grandes proporções ocorressem.

Claro que há uma série de detalhes técnicos a serem resolvidos (projeto do recipiente, área de cobertura de cada recipiente, minimização do custo por recipiente...). Mas me parece uma ideia razoável.

Quem sabe esta ideia seja útil para alguém (mesmo que só como ponto de partida)...

É por isso que coloco estes pensamentos aqui.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

E-mails e seus Filtros

Já havia conversado com meus colegas sobre o recebimento de e-mails enormes de certos colegas docentes da UnB.

Os tópicos podem ser variados em alguns e "batidas de uma nota só" em outros. Essencialmente, o conteúdo (ou pelo menos o contexto) destes e-mails é praticamente 100% definido pelo nome do remetente.
Filtro de e-mail: Você ainda vai ter um.
Naturalmente, isto levou meu colegas a criarem diversos filtros de e-mail com os nomes dos respectivos remetentes. Eu creio ser uma solução bastante engenhosa, apesar de pessoalmente não filtrar tais e-mails. Os filtros, no caso em questão tem nome, mas devido a minha convicção de "não dar nome aos bois" exceto em caso muito específicos, resolvi usar nomes fictícios.

O filtro Reginaldo Duarte costuma eliminar e-mails de um docente particularmente veemente nos seus ataques a tudo que não é do jeito que ele pensa (ou diz pensar). Devido ao conteúdo vitriólico de muitos dos e-mails do referido docente, eu, de vez em quando, penso que um filtro desses até que valia a pena.

O filtro Jesus Agronopoulos costuma eliminar e-mail de um docente já aposentado da UnB. Os e-mails não são particularmente ofensivos com algumas exceções. Da minha parte, há até alguns que e-mails são interessantes, excetuando os ofensivos - que são absolutamente sem noção (um pouco como o autor dos mesmos).

O filtro Moacir Heráclito costuma eliminar e-mails de um docente propenso a emitir opiniões diversas e dar notícias de diversas áreas. Os e-mails deste remetente, em particular, tem sido até bastante razoáveis. Creio que o filtro ainda é utilizado devido a uma época distante (bem, nem tão distante assim), quando o remetente  também repassava e-mails dos docentes anteriores. Pessoalmente, eu leio bastante as informações divulgadas por este docente.

Muito bem, e por que eu resolvi fazer um post sobre filtros de e-mail?

Porque ninguém, repito ninguém, é obrigado a ler (ou escutar) o que outros expressam (é a idéia do "meu ouvido não é penico". Há uma confusão no direito a expressão de que a audiência deve de escutar (ou mesmo prestar atenção) no que é dito.
Achei melhor explicitar de forma gráfica.
Isso não é verdade. Não estou aqui debatendo a propriedade, necessidade, ou mesmo a conveniência de escutar outras pessoas.

O que estou dizendo é que se alguém quer te obrigar a escutar o que está sendo dito (ou tocado, ou mostrado), então esta pessoa está agindo de modo autoritário e sem respeito pelos seus direitos*.
Mais uma exposição gráfica do que falei.
Simples assim, escutar você escuta - se quiser...

* Antes que algum doido entenda errado: em sala de aula existe o acordo tácito de receber informação. Quem não quiser não precisa estar em sala de aula, mas quem está em sala de aula quer receber a informação.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Conversão de Unidades - parte 2

Há uma conversão que eu esqueci de mencionar: Fahrenheit para Celsius.

A fórmula é simples o suficiente:

F = 1.8* C +32

Mas há um jeito mais direto:

F-32 = 1.8 *C -> C=(F-32)/(2-0.2) = (F/2-16)/(1-0.1)

Na aproximação de primeira ordem, (F-32)/2. Ou seja para saber a temperatura em Celsius simplesmente pegue a temperatura em Fahrenheit, subtraia 32 e divida por 2. Exemplo:

100 F = (100-32)/2 C ou 34 C (na realidade é 37.8 C)

Na aproximação de segunda ordem, some a este resultado 10%. Ou seja 34 +3.4 = 37.4 C (compare com o resultado exato de 37.8 C).

E a conversão inversa? Dobre a temperatura em Celsius, subtraia 10% e some 32. Exemplo: 27 C = (2*27)*1.01 +32 = 54-5.4+32 =  80.6 F (O resultado exato é 80.6 F).

Mas o modo mais simples mesmo é subtrair e dividir (para encontrar Celsius, subtraia 32 da temperatura em Fahrenheit e divida o resultado por 2), ou multiplicar e somar (para encontrar Fahrenheit, multiplique a temperatura em Celsius por 2 e some 32).

Esta conta dá para fazer de cabeça.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Primeiro Turno das Eleições na UnB

Bom, está disponível o resultado do primeiro turno da "consulta" para reitor na UnB.

Os dois candidatos que foram para o segundo turno são Ivan Camargo e Márcia Abrahão.

No caso a votação de cada um foi a seguinte:
Ivan Camargo (25.21%):

  • Professores: 496 votos
  • Técnicos: 282 votos
  • Estudantes: 2241 votos

Márcia Abrahão (21.58%):


  • Professores: 390 votos
  • Técnicos: 335 votos
  • Estudantes: 1259 votos

Já os demais candidatos tiveram o seguinte desempenho:
Volnei Garrafa (16.53%):


  • Professores: 220 votos
  • Técnicos: 367 votos
  • Estudantes: 745 votos

Denise Bomtempo (15.26%):


  • Professores: 238 votos
  • Técnicos: 325 votos
  • Estudantes: 349 votos

Os demais candidatos foram, pela ordem: João Batista (5.24%), Sadi del Rosso (4.97%), Paulo César Marques (3.52%), Gustavo Lins Ribeiro (3%), Maria Luiza Ortiz (1.96%) e Ana Valente (0.26%).

O universo dos votos constitui 1816 professores, 1551 técnicos e 5270 estudantes.


Como vai ser daqui para frente é futurologia, mas já declarei em outro post qual chapa estou apoiando.

domingo, 26 de agosto de 2012

Grande Sertão: Veredas

Essa minisérie eu vi quando já tinha lido o livro de Guimarães Rosa. Mesmo não sendo o livro o seriado é bom.

As aventuras de Riobaldo Tatarana e Diadorim estão em boa parte neste seriado.

sábado, 25 de agosto de 2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

UnB Esvaziada? Não creio...

Terminou há algumas horas a votação do primeiro turno para reitoria da UnB. Como a UnB está em pé de guerra e uma das frases feitas é que a UnB está esvaziada, cabe aqui uma pequena reflexão:

Em 2008, o primeiro turno da eleição teve 10559 votantes. Já na eleição de hoje tivemos 8700 votantes.

Isto corresponde a 82% do total de 2008. Mas ao olharmos por segmento dá para ver mais diferenças:  Cerca de 73% dos alunos, 54% dos servidores e 16% dos alunos votaram no pleito de 2012.

Portanto: Esvaziada? Nem tanto, me parece mais apenas uma palavra de ordem.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mais da Confusão da UnB para Você

Pois é, caros leitores, a UnB está uma confusão com a situação da greve dos professores.

Para os que não estão acompanhando, uma assembléia de professores determinou o fim da greve e retorno  às aulas. Os professores que tiveram seu voto vencido acusaram a Adunb de golpe e fizeram atos e manifestações. Eu já escrevi um pouco sobre isso nos últimos posts. Mas aqui vão alguns detalhes que ficaram de fora.

Vamos por partes...

Em primeiro lugar, o grupo derrotado na assembléia acusa a Adunb de golpe. Dizem que a decisão foi legal, mas políticamente ilegítima. O raciocínio foi o seguinte:

Integrante do comando de greve, a professora Raquel Nunes admitiu que a reunião da ADUnB foi feita "de forma legítima, mas a decisão pelo fim da greve foi incorreta porque deveria ter sido discutido amplamente". Ela entregou à direção da ADUnB um abaixo assinado de 230 professores pedindo a manutenção da assembleia prevista para amanhã. (fonte aqui)

Pois bem, a decisão do fim da greve foi tomada em uma assembléia de mais de 250 pessoas, enquanto a decisão do ínício da greve foi tomada em assembléia com  176 pessoas. Pode-se perguntar o que torna uma decisão de 176 pessoas mais legítima do que uma de 250 pessoas, mas certamente a réplica vai ser "Ah, mas no tempo da assembléia de início de greve, a universidade não estava esvaziada."

Claro que a tréplica é: se a universidade estava esvaziada, então como é que a greve é forte, com bastante mobilização e um retumbante sucesso? Isso mostra que o argumento do esvaziamento só é usado quando beneficia o argumentador, quando ele atrapalha a argumentação é rapidamente invertida.

Provavelmente a resposta seria que "RAX está distorcendo o que foi dito, mas o importante é que a Adunb deu o golpe na convocação de uma assembléia esvaziada!". O problema é que foi o próprio CLG que pediu a convocação a Adunb (inclusive com menos de 48 de antecedência). Porque? Ora, adiamento da eleição para reitor. Naturalmente, o CLG negou isso, mas teve que reconhecer que foi ele mesmo que pediu a convocação.

Então o argumento passa a ser que a mudança de pauta foi uma grave falha no regimento. O problema é que  o próprio CLG já havia conseguido a instalação da Assembléia Permanente. E aí no regime da Assembléia permanente permite coisas como suspender simplesmente a assembléia, ou incluir itens de pauta - desde que  a inclusão ocorra antes da aprovação da pauta:

Art. 16 – A Assembléia Geral deverá ser convocada com pelo menos, quarenta e oito horas de antecedência, com divulgação ampla da pauta proposta em todas unidades da UnB.
§ Único – A Assembléia Geral aprovará a pauta no início dos trabalhos, sendo que nenhum ponto poderá ser acrescentado após esta aprovação.

A assembléia foi convocada com menos de 48 horas - o que só pode ser feito devido a instalação de assembléia permanente (apesar do estatuto não indicar isto, mas se o CLG diz que pode então como é que de repente não pode?). Isto indica que o trâmite normal foi seguido, ou seja: a assembléia foi realmente 100% legal.

Creio que neste caso a resposta seria "RAX está distorcendo o estatuto de forma que beneficie a  argumentação, mas o importante é que como a assembléia estava esvaziada os professores acabaram não sendo ouvidos!"

Bom, aí o problema é mais sério.

A Adunb tentou fazer com que o maior número de professores fossem ouvidos na assembléia de 30 de julho. Isto foi razoavelmente divulgado. Só que neste caso foi o CLG que disse que isso não poderia ser feito.
O embate começou na abertura da assembleia, às 15h38, quando a ADUnB propôs consulta por meio de urna, que seria aberta após os debates e ficaria à disposição dos professores até às 21h de terça-feira. O resultado, a ser apurado na quarta-feira, definiria os rumos da paralisação. Por 162 votos a 146, e em meio a forte discussão, os docentes rejeitaram o modelo de votação proposto, elaboraram uma nova pauta e iniciaram os debates para encaminhamento da votação durante a própria assembleia.

Então, os mesmos professores que dizem ter sido vítimas de um golpe, de não ter sua voz ouvida, não desejavam ouvir a maioria dos professores

Os vídeos estão disponíveis nos links para quem quiser o tira-teima.

Mas imagino que aí o argumento é que eu reacionário, timotista, feio, bobo e fedorento...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

E Começou a Baixaria

Infelizmente, as confusões na UnB já começaram a mostrar o lado feio das pessoas.
Eu já coloquei aqui o que já aconteceu na assembléia de sexta. E com bastante detalhes...
Precisa botar na legenda: bebê chorão?
Mas as pessoas fazem seu spin, se fazem de vítimas, dizem que estão perseguidas, censuradas e o escambaú!

Começa com uma mentirinha.
Claro que tem quem acredite.

Antes eu dava o benefício da dúvida para estas pessoas. Afinal, quando todos tentamos colocar a culpa em algo externo a nós quando as coisas não vão bem. É comportamento bem humano.

Mas quando as pessoas começam a apontar culpados e inventar acusações apenas para se eximirem da responsabilidade, então o problema é de caráter mesmo (ou da falta dele).

Mais sério do que isso é quando além de fazerem isto, as pessoas passam a se valer do anonimato para dizer o que bem entendem.
Acusar e se esconder no anonimato é ruim. E acusar falsamente e  se esconder no anonimato?
Caso em questão: um ataque a chapa 86.  Não dá para saber os nomes, mas suspeito que são da turma que invadiu a reitoria em 2008. Os mesmos que ajudaram a eleger o atual reitor, e os mesmos que apoiam uma das chapas atuais (ao contrário deles, eu não acuso ninguém sem provas concretas). Mas o leitor pode ler isto e tirar suas próprias conclusões.
Adivinhe em que ano essa foto foi tirada?
Como eu disse antes, eu costumava dar o benefício da dúvida.

Não mais....

Militância é uma coisa. Criar narrativas para prejudicar as pessoas é outra. Mentir para prejudicar pessoas não é política, quem pensa assim chega fácil a conclusão que tudo vale para conseguir o que se deseja.
Aí o cara que se acusou é inocentado, e o acusador nem pede desculpas?
E a história está cheia de gente que foi acusada só porque era a opção política.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Soberana, exceto quando não é...

Ao que parece, o resultado da última assembléia está causando rebuliço.

Uma breve pesquisa na internet mostra que há de tudo. Desde posicionamentos dos alunos, passando por posicionamentos de professores inconformados com o resultado, até exposições de como a coisa degringolou para começar. Este ponto é confirmado em um outro comentário (que dá nome aos inventores da uma assembléia relâmpago).

Claro que temos comentários realmente bem espirituosos.

Mas as pessoas tem de entender que o que temos aqui não tem nada a ver com certo ou errado, mas com posicionamentos com relação a visões de universidade e de movimento sindical.

Eu não sou exatamente fã da forma como a assembléia transcorreu, mas já tive em diversas assembleias antes e posso dizer que não temos nada de novo em termos de condução.
  • Inclusão de ponto de pauta em uma assembléia com pauta única? Já aconteceu...
  • Decisões em que parte dos professores se revoltou? Já aconteceu...
  • Professores acusando uns aos outros de golpe? Já aconteceu...
  • Manobras protelatórias? Já aconteceu...
  • Uso de estudantes ou membros do movimento estudantil para alavancar posições? Já aconteceu...
A diferença é que, dessa vez, o "outro lado" conseguiu prevalecer seu posicionamento.

Pessoalmente, preferia que tivéssemos avançado na ideia de um plebiscito para decisões importantes como esta, mas não lamento o fato do final da greve ter sido votado nesta última assembléia.

Mas, tudo indica que esse rebu ainda está longe de acabar...

Post Scriptum: E  a greve dos servidores também está em vias de acabar.

domingo, 19 de agosto de 2012

Robôs Japoneses

Trago uma série japonesa muito boa: Neon Genesis Evangelion.

Esse seriado é muito interessante em vários aspectos: há um lado psicológico, religioso, de ação e mesmo desenvolvimento de personagem. A trilha sonora também é muito boa.

A série tem dois finais diferentes. Um mais "psicológico" e outro repleto de ação. Por ser mais difícil de encontrar, eu trago aqui o final repleto de ação.

sábado, 18 de agosto de 2012

Alienígenas Dominando Tudo

Trago hoje um clássico da ficção dos anos 50: A Invasão do Discos Voadores

Dessa vez tive a sorte de encontrar o filme completo.

E Termina a Greve de Professores da UnB...

Ontem, em uma assembléia para lá de tumultuada, decidiu-se pelo fim da greve de professores e o retorno imediato às aulas.
Uma das votações (houve várias)
Se o leitor procurar mais notícias, vai ver múltiplas acusações de golpe.

E estas acusações estarão parcialmente corretas...

Houve uma tentativa de golpe e um contra-golpe. A tentativa de golpe foi a convocação de uma assembléia no apagar das luzes para adiar a eleição para reitor. O contra-golpe foi uma mobilização massiva de última hora para barrar esta pauta.

Só que outros professores aproveitaram o momento para encaminhar o fim da greve.

Então quero que o leitor perceba: a mobilização não foi para encerrar a greve, mas para barrar o adiamento das eleições. O fim da greve foi um resultado inesperado.

Os que estão insatisfeitos com esse resultado devem entender que foi a tentativa de adiar as eleições que precipitou, em última análise, o fim da greve. Ou seja um golpe e um contra-golpe.

Se foi tudo bonito e certo? Eu tenho minhas dúvidas... Mas não há vítimas nessa história.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O que há em uma Cota?

Uma notícia relativamente recente é sobre as cotas sociais de 50% no acesso à universidade.

Este post não é para comentar sobre a propriedade ou não da lei, mas sobre os seus efeitos na concorrência. A razão é que as pessoas costumam comentar notícias assim sem avaliar quais são seus efeitos.

Ora bolas, leis costumam ser criadas sem avaliar seus efeitos...

Post Scriptum: Mas antes, quero agradecer ao comentário que me levou a checar os cálculos. Ao invés de calcular concorrência, eu calculei o inverso da concorrência. Então, resolvi consertar!

Então vamos ver como isto afeta a concorrência. Vamos dizer que w é o percentual das cotas (0 até 1). No caso temos alunos de escolas privadas (N_privadas) e de escolas públicas (N_públicas). O número de vagas é V.

Antes das cotas a concorrência  (C_atual) é:

C_atual = (N_privadas+N_públicas)/V

Depois das cotas, a concorrência para os alunos das escolas públicas é:

C_pública = N_públicas/(w* V)

E das privadas é:

C_privada = N_privadas/((1-w)*V)

Como isto se relaciona com a concorrência atual? Vamos dividir a concorrência depois das cotas pela concorrência atual:

C_pública/C_atual = N_públicas/(w*(N_privadas + N_públicas)) = 1/(w*(1+N_privadas/N_públicas))

C_pública = C_atual/(w*(1+N_privadas/N_públicas))

C_privada/C_atual = N_privadas/((1-w)*(N_privadas + N_públicas)) =1/( (1-w)*(1+N_públicas/N_privadas))

C_privada = C_atual/((1-w)*(1+N_públicas/N_privadas))

Para que a concorrência fique igual a que era anteriormente temos de ter

w =1/(1+N_privadas/N_públicas) = N_pública/(N_pública+N_privada)

Então qualquer desvio deste percentual irá causar mudança na concorrência para os segmentos. Como será esta mudança?

C_pública/C_privada = [w*(N_privadas + N_públicas)/N_públicas]/[(1-w)*(N_privadas + N_públicas)/N_privadas]

C_pública/C_privada = (1-w)/w*N_públicas/N_privadas

Para tanto temos de colocar números. Na Fuvest temos a seguinte situação:
  • Inscritos de Escola Pública: 43.158
  • Inscritos de Escola Privada: 97.439
Isto dá N_privadas/N_públicas = 2.26. Para w=1/2 (50% de cotas sociais) temos:

C_pública/C_privada = 1/2.26 = 0.44

E as concorrências?

C_pública = 2/(1+2.26)*C_atual = 0.61 * C_atual
C_privada = 2/(1+1/2.26)*C_atual = 1.39 * C_atual

Ou seja: aumentou a concorrência dos inscritos de escola privada e diminuiu a concorrência dos alunos de escola pública (o que as cotas se propunham a fazer).

Mas isto é a Fuvest. E o caso do ENEM? Uma estimativa é pela isenção de pagamento:

N_privadas/N_públicas = 0.5. Neste caso, com w=1/2 temos:

C_pública/C_privada = 0.5

E as concorrências?

C_pública = 2/(1+0.5)*C_atual = 4/3 * C_atual
C_privada = 2/(1+2)*C_atual = 2/3 * C_atual

Se estivermos interessados em probabilidade basta inverter estes resultados.

p(passar com cotas |pública) = 3/4 * p(passar| situação atual)
p(passar com cotas |privada) = 3/2 * p(passar| situação atual)

Ou, mostrando de outra maneira:

p(passar com cotas |pública) = 1/2 * p(passar com cotas |privada)

Ou seja, o contrário do que as cotas se propunham a fazer. Claro que isto vai depender do sistema e de qual curso. Mas efetivamente é mais ou menos isso que deve acontecer.

A Eleição que Não Deveria Ocorrer

Hoje estive no início do debate entre os candidatos a reitoria da UnB.
A foto é na realidade do debate anterior, mas foi o que consegui.
Eu já me pronunciei a respeito de eleições para reitor, e como já disse não creio que deveriam haver eleições para reitor. O caso seria mesmo de indicação...

Mas o interessante do debate é como a UnB está começando a se transformar em prefeitura do interior do Brasil. Promessas irrealizáveis, cálculos políticos, populismo - há de tudo.

Isso não quer dizer que eu não tenha posicionamento com relação as chapas. Eu tenho meu voto.

Mas não estou fazendo este post para propaganda. Nesse ponto, eu irei fazer oportunamente um post sobre as razões para minha escolha. Aí, o leitor poderá entender as razões da mesma.

O post trata mais de como é curiosa a polarização subjacente ao debate. Ela não estava totalmente visível, mas estava lá.

Temos 10 chapas: Viver UnB, Gira UnB para uma Nova Gestão, Inova UnB, Construindo a Unidade, UnB Excelente e Solidária, UnB Somos Nós, O Amanhã Fazemos Juntos, UnB + 50, Inovação e Sustentabilidade e Uma Reitoria Valente para Honrar a UnB (quem desejar mais informação de uma olhada aqui). Destas dez, cerca de quatro (chapas 80, 82, 84 e 87) são formadas por ex-membros da gestão atual (bom, tecnicamente talvez o atual vice-reitor não seja).
A candidata da Chapa 84 nos seus tempos de Decanato

A candidata da Chapa 80 nos seus tempos de decanato
O candidato da Chapa 82 nos seus tempos de Vice-Reitoria
O candidato da Chapa 87 nos seus tempos de prefeitura (na realidade pode ser do tempo de assessoria).
E tirando a chapa 82, as três restantes se classificam como oposição (e em certo grau até são mesmo, mas nem tanto assim quanto alardeiam).

Claro que nesta hora é necessário um malabarismo intelectual para se caracterizar como oposição. Fica difícil, mas graças a natural amnésia seletiva de muitos e ao desconhecimento de alguns, as pessoas conseguem convencer parte (boa parte) da audiência disto.

As demais chapas (81,83,85, 86, 88 e 89) tem vínculos diferentes com a gestão atual. A chapa 88 é razoavelmente alinhada ideologicamente com membros da direção atual, já a 89 tem seus vínculos, mas em menor grau. Restam então como oposição de fato (de carteirinha) as chapas 81, 83, 85 e 86.

E aí temos a polarização. O que será que vai ocorrer? Como esta novela/ campanha irá se desenrolar?

Aguardem os próximos posts...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Conversão de Unidades

Alguns países utilizam o sistema imperial de unidades. Para nós, que estamos acostumados com o sistema métrico, isto pode causar alguma confusão.

A conversão é na realidade um problema de multiplicação ou divisão. Há:
  • polegada tem 2.54 cm (2.54 cm/polegadas) - portando 10 polegadas são: 10 polegadas * 2.54  = 2.54 cm/polegada = 25.4 cm (39.37 polegadas/metro)
  • 1 são 12 polegadas (12 polegadas/pé) - portanto 3 pés são 36 polegadas ou: 3 pés * 12 polegadas/pé = 36 polegadas = 36 polegadas * 2.54 cm/polegada = 91.44 cm (0.9144 metros - que é também a unidade de jardas). Isto dá 1.0936 jardas/metro.
  • 1 milha são 5280 pés (5280 pés/milha) - portanto 1 milha são: 1 milha * 5280 pés/milha = 5280 pés * 12 polegadas/pé * 2.54 cm/polegada = 160934.4 cm (ou 1.609344 km). Isto dá 0.62137 km/milha.
  • 1 légua são 3 milhas - o que significa 4.828032 km
  • 1 onça (fluida) são 28.4130625 mililitros - portanto 20 onças são 568.26125 ml (ou 1 pint, ou 1/2 quarto).
  • 1 galão são 8 pints - portanto 8 pints/galão * 20 onças/pint * 28.4130625 ml/onça = 4.54609 litros/galão. Isto dá 0.21996 litros/galão
  • 1 onça são 28.349523125 gramas (28.349523125 gramas/onça). Isto dá 0.03527 onças/grama
  • 1 libra são 16 onças - portanto 16 onças/libra * 28.354923125 gramas/onça = 453.59237 gramas/libra. Isto dá 2.2046 libras/kg.
O difícil é memorizar tudo isso, e utilizar quando o caso é inverso.

Então pensando nisso, bolei um esquema para simplificar as contas. Em uma aproximação de primeira ordem:
  • Há próximo a 4 polegadas em 10 cm, ou 40 polegadas em 1 metro. Assim: Para descobrir quantas polegadas tem X metros basta multiplicar X metros*40 polegadas/metro. Para descobrir quanto metros tem Y polegadas basta Y polegadas * 1/40 metros/polegada. Mas dividir por quarenta é a mesma coisa que multiplicar por 5 e dividir por 200, ou seja Y polegadas * 5 /200 metros/polegadas (se for em cm é mais simples Y polegadas * 5/2 cm/polegadas). Ou seja: para saber quantas polegadas há em X metros, multiplique X metros por 40. Já para saber quantos metros são Y polegadas, divida Y polegadas por 40.
  • Como o pé são 12 polegadas então 1 pé = 3 * (4 polegadas em 10 cm). Assim 1 pé = 12 polegadas em 30 cm. Para descobrir quantos pés tem X metros basta dividir X por 3 (ou multiplicar por 3, adicionar 10% e dividir por 10). Use então 1 metro como sendo igual a 3 pés.  Ou seja: para saber quantas pés há em X metros, multiplique X metros por 3. Já para saber quantos metros são Y pés, divida Y pés por 3.
  • A milha é mais fácil de ser aproximada por média. Há um pouco menos de 2/3 de milha em 1 km, e há um pouco mais do que 3/5 de milha em 1 km. Então fazemos as aproximações 1 km é aproximadamente 1/2* (2/3+3/5) = 19/30. Se estiver complicado use os 2/3, ou seja 3 km a cada 2 milhas; ou os 3/5 - 3 milhas a cada 5 km.  Ou seja: para saber quantas milhas há em X quilômetros, multiplique X quilômetros por 3 e divida o resultado por 5. Já para saber quantos quilômetros são Y milhas, divida Y milhas por 3 e multiplique o resultado por 5.
  • O pint é mais fácil de ser aproximado por 1/2 litro. Isto faz com que 2 pints sejam 1 litro. Isto faz com que 1 galão (8 pints) sejam aproximadamente 4 litros.  Ou seja: para saber quantas pints há em X litros, multiplique X litros por 2. Já para saber quantos litros são Y pints, divida Y pints por 2.
  • A onça pode ser aproximada como a média entre 30 gramas e 25 gramas. Pela média de 25 gramas, há 40 onças em 1 quilo. Já pela média de 30 gramas há 33 onças em 1 quilo.  Ou seja: para saber quantas onças há em X quilos, multiplique X quilos por 100 e divida o resultado por 4. Já para saber quantos quilos são Y onças, divida Y onças por 100 e multiplique o resultado por 4.
  • Já a libra é 16 onças. Considerando 40 onças em 1 quilo, significa que temos 2.5 libras em 1 quilo (ou 5 libras a cada 2 quilos). Um valor mais próximo do real é 22 libras em 10 quilos.  Ou seja: para saber quantas libras há em X quilos, multiplique X quilos por 2. Já para saber quantos quilos são Y libras, divida Y libras por 2.
Já em aproximação de segunda ordem a coisa fica mais próxima, mas é necessário um pouco mais de conta. Nesse caso usamos os fatores de conversão mais apropriados:
  • Calculo de quantas polegadas há em X metros : na realidade há algo muito próximo de 3.937 polegadas em 10 cm. Isto é aproximadamente 3.94 = (4-0.06) = 4*(1-0.015), ou aproximadamente 4*(1-0.02). A conta fica: Multiplique X metros por 40 e subtraía 2 % do total. Vamos ao exemplo: Quantas polegadas são 2 metros? 2* 40 (80), menos 2% (1.6) que dá 78.4 polegadas (o valor real é 78.74015748031496).
  • Calculo de quantos metros há em Y polegadas: O cálculo é muito parecido, ou seja, dividimos por 40 e adicionamos 2%. A conta fica: Divida Y polegadas por 40 e adicione 2%. Vamos ao exemplo: Quantos metros tem 32 polegadas? 32/40  (0.8), mais 2% (0.016) que dá 0.816 metros (o valor real é 0.8128).
  • Calculo de quantos pés há em X metros:  1 metro tem algo próximo 3.28 pés. Isto pode ser aproximado como 3.3 = 3*(1+0.1). A conta então fica: Multiplique X metros por 3 e adicione 10% do total obtido. Vamos ao exemplo: Quantas pés são 2 metros? 2* 3 (6), mais 10% (0.6) que dá 6.6 pés (o valor real é 6.561679790026247).
  • Cálculo de quantos metros há em Y pés: a conta é similar a anterior, só que neste caso teremos 1/3*(1-0.1).  A conta então fica: Divida Y pés por 3 e subtraia 10% do total obtido. Vamos ao exemplo: Quantos metros são 3 pés? 3 /3 (1), menos 10% (0.1) que dá 0.9 metros (o valor real é 0.9144).
  • Calculo de quantos milhas há em X quilômetros:  9.6 quilômetros tem algo próximo 6 milhas.  Ou seja 10/6*(1-0.04) quilômetros são 1 milha.  A conta então fica: Multiplique X quilômetros por 3, divida o resultado por 5 e adicione 4% do total obtido. Vamos ao exemplo: Quantas milhas são 10 quilômetros? 10* 3 /5 (6), mais 4% (0.24) que dá 6.24 milhas (o valor real é 6.21371192237334).
  • Cálculo de quantos quilômetros há em Y milhas: a conta é similar a anterior, só que neste caso teremos 5/3*(1-0.04).  A conta então fica: Divida Y milhas por 3 , multiplique o resultado por 5 e subtraia 4% do total obtido. Vamos ao exemplo: Quantos quilômetros são 3 milhas? 3 /3 *5 (5), menos 10% (0.2) que dá 4.8 quilômetros (o valor real é 4.828032).
  • Cálculo de quantos pints há em X litros: 1.76 pints correspondem a 1 litro. Isto é aproximadamente 7/4 *(1+0.01). A conta então fica: Multiplique X litros por 7, divida o resultado por 4. Vamos ao exemplo: Quantos pints são 5 litros?  5 *7/4  que dá 8.75 (o valor real é 8.798769931963512)
  • Cálculo de quantos litros há em Y pints: a conta é similar. Multiplique Y pints por 4 e divida o resultado por 7. Vamos ao exemplo: quantos litros são 7 pints? 7/7 * 4 = 4 litros (o valor real é 3.97782875)
  • Cálculo de quantas onças há em X gramas: 1 onça é aproximadamente 28 gramas Isto pode ser escrito como 30 * (1-0.07). Então a conta fica: Divida X gramas por 30 e some ao total 7%. Vamos ao exemplo:  quantas onças são 100 gramas?  100 /30 (3.333), mais 7% (0.2333) que dá 3.566 (o valor real é 3.527396194958041).
  • Cálculo de quantas gramas há em Y onças: a conta é similar: Multiplique Y onças por 30 e subtraia 7% do total. Vamos ao exemplo: quantas gramas são 10 onças? 10* 30 (300), menos 7% (21) que dá 279 gramas ( valor real é 283.49523125).
  • Cálculo de quantas libras há em X quilos:  2.2 libras equivale a 1 quilo. Então 2*(1+0.1) libras é 1 quilo. Logo a conta fica: Multiplique X quilos por 2 e some 10% ao total. Vamos ao exemplo: quantas libras são 25 quilos? 25* 2 (50), mais 10% (5) que dá 55 libras (o valor real é 55,1155655462194).
  • Cálculo de quantos quilos há em Y libras: a conta é similar. Divida Y libras por 2 e subtraia 10% do total. Vamos ao exemplo:  quantos quilos são 210 libras? 210/2 (105), menos 10% (10.5), que dá 94.5 quilos (o valor real é 95.2543977).
Estas continhas são bastante úteis nos casos de viagem (por exemplo, conversão de massa no caso de bagagens).

O Poder da Narrativa

Quando paramos para pensar fica claro o imenso poder que uma narrativa possui.

Não apenas para divertir, mas para convencer de determinados pontos de vista. Isso tanto pode ser proposital no sentido ideológico, quanto no sentido de melhorar a narrativa. Afinal, contar uma história é algo bastante ligado ao lado social do ser humano.

O problema começa quando a narrativa nos envolve a tão ponto de confundirmos fantasia com realidade. E isso costuma se transformar em um problema sério, via de regra.

Vamos a um exemplo. Os leitores devem estar familiarizados com a história do pescador e do executivo, não?

Esta história parece ter tido origem no livro de Timothy Ferris, mas é usada de várias formas dependendo de quem a está contando. O objetivo que costumo mais ouvir é sobre qual é o ponto em criar empresas, afinal? Este objetivo costuma vir mascarado em uma moral da história ou contexto em que a história aparece.

Mas, independente da ideologia do contador da história, o mais provável é que a história seja exatamente isto que parece ser: uma história.

No entanto, ela é utilizada como instrumento de convencimento, mesmo não sendo necessariamente fato ou verdade. E o mais extraordinário: costuma funcionar...

Isto funciona de modo espantoso, pois indica que temos realmente dificuldade de separar ficção de realidade. Talvez seja porque histórias tenham sido a forma de ilustrar idéias ou conceitos, mas de algum modo se tornaram mais do que isso. As pessoas confundem uma boa história com a narrativa de fato.

Também não ajuda em nada o fato de utilizarmos mitos para adequarmos comportamentos, ensinarmos a viver em sociedade, ou mesmo para simplesmente divertir. A forma mais simples de difundir sabedoria popular praticamente dissolve a linha entre fato e ficção.

O uso da narrativa pode então ser uma arma muito poderosa no convencimento de pontos de vista específicos: basta misturar realidade com ficção, de modo que as partes da realidade confirmem as impressões das pessoas, mas que a ficção seja impossível de verificar, e presto: temos um boato!

E de boatos, o mundo está cheio.

Curiosamente muitos deles parecem ter vida própria. Seriam reforçados por diversas pessoas com o passar do tempo, ou apenas por aqueles interessados em manter o boato?

Difícil dizer.

Mas posso dizer o seguinte: o modo errado de lidar com um boato é ignorá-lo. É bem verdade que nega-lo simplesmente não adianta, nesse ponto o mais importante é esclarecer o que é ficção e o que é verdade.

Algo que este blog tenta fazer por vezes.

domingo, 12 de agosto de 2012

Uma Chama na Escuridão

Um seriado dos anos 90 que eu adorava era Babylon 5.

O seriado contava a história de uma estação espacial que fazia papel de entreposto diplomático, comercial e  local para descanso e lazer. Ao contrário do famoso Arquivo X, o seriado teve uma mitologia toda especial planejada desde o início que criou uma série de arcos na história que durou 5 anos.

O projeto quase foi ao chão quando o protagonista inicial se meteu a besta e resolver sair do seriado para novos horizontes de interpretação. Mas felizmente, o seriado conseguiu adaptar a mitologia de modo a acomodar a sua saída.

Se o leitor tiver chance, minha sugestão é assistir. Babylon 5 é televisão em escala épica - algo raro de se ver.

sábado, 11 de agosto de 2012

De Volta à Casa

Depois de três semanas em viagem (depois eu posto um pouco do que vi), estou novamente de volta a terrinha.

Mas vou começar devagar no posts, afinal ainda estou de férias...

Então trago hoje um bom filme de animação: Mad Monster Party.

O filme é uma sátira em animação de várias películas antigas de terror. Por sorte, o filme completo está também disponível:

O filme é razoavelmente divertido, afinal ninguém é perfeito, perfeito, perfeito, perfeito...

domingo, 5 de agosto de 2012

Abestalhação Geral

Ainda estou de férias, mas parece que o febeapá que assola o país (e a UnB) ainda continua forte.

Ainda não dá para comentar devido a dois fatores: minha inabilidade com o IPad e a preguiça de descobrir como resolver estas questões.

Assim, vou deixar para colocar minhas idéias na internet quando voltar ao Brasil.

Mas não se enganem: o Brasil está completamente doido, e a UnB mais ainda.