sexta-feira, 29 de abril de 2016

Negue enquanto puder, e quando não puder continue negando

Estas, caros leitores, é uma estratégia muita utilizada em debates, disputas, julgamentos e eleições.

E está sendo utilizada no impeachment na presidente. Mais especificamente na defesa da presidente.

Não importa realmente à defesa qual bem fundamentada está a acusação. A estratégia vigente demanda que se nega que houve crime.

Mesmo que o crime seja óbvio e patente.

Uma das ideias por trás disso é a geração da dúvida razoável. Não em todos, mas pelo menos em alguns.

A outra das ideias é assegurar aos defensores da presidente que estão do "lado certo da história".

Notem caros leitores, que a admissão de crime (não é nem questão mesmo de culpa) tornaria a defesa moralmente questionável - e mais ainda tornaria os defensores em si moralmente questionáveis caso não alterassem de imediato a posição.

Claro que há defensores profissionais, estes não estão defendendo por ideologia, mas por outra razão. Qual razão? Bem, geralmente estas são mesmo pessoais - e não vou entrar neste buraco.

Mas existe um porém: com o passar do tempo esta tática vira uma paródia de si mesma.

Aí só sobra a ressaca moral.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Previsões do Placar do Impeachment no Senado

Segundo a imprensa há 50 votos favoráveis à abertura do processo no senado, 20 contra, 7 sem declarar, 1 sem responder e dois indecisos.

Supondo a mesma lógica de manutenção da proporções (5/7 a favor e 2/7 contra) temos que a previsão é

Votos favoráveis: 58
Votos contrários: 23

Vamos ver se vai se assim? A votação será 12 maio segundo as previsões.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Sobre Cusparadas

Hoje temos já dois exemplos famosos de cusparadas recentes: Jean Wyllys e José de Abreu.


Bem, ambos casos são lamentáveis

Sabem porque, caros leitores?

Por dois motivos. O primeiro é que a falência do debate, da argumentação. É a transformação do discurso de ódio na ação de ódio (ou de desprezo). Desse momento em diante não é mais possível discutir, pois se cruzou a linha da troca de idéias, pela troca de insultos, pela agressão física.

E o segundo motivo, e mais grave é o seguinte: nenhum lado tem monopólio do cuspe ou da porrada.

Receio que estejamos entrando numa fase de vale-tudo.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

E como se portaram as previsões?

Neste domingo foi a votação na câmara pela admissibilidade do processo de impeachment de Dilma.

O resultado foram 367 votos a favor, 137 contra, 7 abstenções e 2 faltosos. Isto dá 367 a 146.

Como foram as previsões do post anterior?
  1. Considerando a proporção mantida nos indecisos e sem resposta (72% a favor e 28 % contra): neste caso teremos um placar final de 368 a 145.
  1. Considerando a proporção invertida nos indecisos e sem resposta (28% a favor e 72 % contra): neste caso teremos um placar final de 322 a 191. 
  2. Considerando que a proporção se mantém nos indecisos, mas muda para 100% contrário ao impeachment nos sem resposta: neste caso teremos um placar final de 335 a 178.
  3. Considerando que a proporção de 50% nos indecisos e nos sem resposta: neste caso teremos um placar final de 345 a 168.
  4. Considerando que a proporção de 50% nos indecisos, mas 100% contrário ao impeachment nos sem resposta: neste caso teremos um placar final de 322 a 191.
Ora, foi justamente a primeira previsão que se aproximou mais do resultado final. Ou seja: manteve-se a proporção dos favoráveis e contrários entre os 60 indecisos e os 46 que não quiseram responder.

O que isto prova? Bem, que de acordo com a tabela divulgada há 7 dias, praticamente nada mudou. E isto me faz questionar se as intensas mudanças mencionadas nos noticiários e redes sociais realmente aconteceram.

terça-feira, 12 de abril de 2016

O que há em um impeachment

Li hoje na Folha uma entrevista com Roberto Mangabeira Unger.

E mais uma vez me decepcionei...

Não sei, talvez fosse o fato de Mangabeira Unger dar aulas em Harvard. Talvez seja simplesmente um cansaço de explicações sem lastro na realidade. Não sei...

Então vamos a entrevista dele e minhas colocações

"Impeachment

Não, não e não. Práticas fiscais usadas por todos os presidentes recentes não podem servir para derrubar presidente. Qualificação progressiva e prospectiva das práticas fiscais, sim. Utilização casuística dessa qualificação para mudar o poder, não. Não há qualquer indício tampouco de que a presidente tenha tentado obstruir a Justiça.

Conheço Dilma Rousseff há mais de 30 anos. Como todos nós, ela é cheia de defeitos, mas é uma pessoa íntegra e ilibada. Desde Prudente de Morais (1894-1898), não vemos tanta severidade moral na pessoa do chefe de Estado.

Eu espero que o impedimento seja derrotado na Câmara dos Deputados e, se não for derrotado na Câmara, derrotado no Senado."

Já expliquei antes e vou explicar novamente. O processo de impeachment é eminentemente político. E feito dentro de uma série de procedimentos jurídicos bem definidos. O fato de Dilma ter reputação ilibada não impede de ter cometido erros graves. E como já expliquei antes: pedalada é um nome bonitinho para fraude.

"Renúncia

A renúncia é muito menos danosa do que o impedimento, porque não significaria por si só uma perversão constitucional. Mas não é a solução melhor. O melhor para o país, e eu digo como crítico severo dos erros do governo Dilma, é que a presidente seja resguardada no exercício do seu mandato, mas que, em seguida, reoriente radicalmente o seu governo. Que se supere a si mesma. Que faça uma autocrítica profunda. Que chame os melhores."

Dilma não renuncia e dificilmente fará uma autocrítica de si mesma. Começo a me perguntar se Mangabeira Unger chegou a conhecer mesmo Dilma

"Corrupção localizada

A tentativa de impedimento nasce de um processo e de um contexto que ameaçam a democracia brasileira. O ponto de partida é a preocupação com a corrupção no Brasil. A corrupção é um problema nacional sério, porém localizado.

A sua causa principal está na relação entre os políticos e as empresas que financiam as campanhas eleitorais. É um problema solucionável pela mudança das regras de financiamento da política.

O Brasil é, de longe, o menos corrupto dos grandes países emergentes. Embora a corrupção tanto nos aborreça, é nada em comparação com o que existe, por exemplo, na China, na Rússia ou na Índia. E não pode servir para nos desviar do enfrentamento de nossos problemas reais."

A corrupção é um problema sério. Mas não está localizado (aliás o pessoal precisa decidir se a corrupção está generalizada ou localizada - não dá para ser os dois). A leitura da causa está completamente errada - basta olhar o caso da Petrobrás e fica claro que o problema não é só financiamento de campanha eleitoral.

"Onda contra Dilma

Criou-se uma onda no Brasil. Embrulhamos o ódio e a frustração no manto do moralismo. A onda passará e deixará gosto amargo na boca da nação. Não há atalhos para construir o Brasil. A polícia, os procuradores e a grande mídia se associaram para construir essa onda e conseguiram sensibilizar a imprensa internacional. A onda utilizou o instituto perigoso das prisões preventivas, num verdadeiro assalto às liberdades públicas no país.

Uma parte da elite jurídica e judicial abdicou de sua responsabilidade de por freio às paixões do momento. Temos de enfrentar a corrupção, sim, mas não a custo de fragilizar a democracia brasileira ou de eximir de enfrentar os verdadeiros problemas nacionais."

O ódio e a frustração nasceram na campanha política (eu lembro da frase "depois reconstruiremos pontes") e só foram sendo aprofundados depois que Dilma eleita fez exatamente o que acusava o seus adversários de estarem tramando. Quanto a questão da elite jurídica, suspeito que Mangabeira Unger só está reclamando porque agora ela está atrás dos seus amigos - ao invés dos adversários bobos, feios e sujos.

"Imprensa e a crise

A imprensa entrou na onda [do impeachment]. Com isso, também abdicou a sua responsabilidade. A responsabilidade essencial da imprensa, numa democracia, é aprofundar o entendimento da realidade, ampliando a imaginação do possível. Não do possível remoto, mas do possível adjacente.

A imprensa se deixou contaminar pelas paixões da onda. Isso nos deve lembrar da necessidade de reconstruir também o contexto institucional da própria mídia. Desfazer os oligopólios da mídia no Brasil e fomentar a multiplicação de formas de iniciativa e de propriedade nos meios de comunicação. Nada de regulação da imprensa, nada de monitoramento. É o contrário, radicalizar a diversidade."

Essa parte eu francamente não entendo. Parece que esqueceram propositalmente que a onda do impeachment começou sem apoio da imprensa nas redes sociais - e sob gozação de várias pessoas. Minha suspeita é que a ideia é usar esta coisa do impeachment como desculpa para cassar direitos de transmissão de várias empresas de comunicação - que vergonha!

"Paralelo com os EUA

Alguns compararam a situação com o impeachment do presidente Richard Nixon (1969-74). Se fizermos uma comparação com a experiência americana, a mais pertinente é com a tentativa de impedir o presidente Andrew Johnson, em 1868, pouco após o fim da Guerra Civil.

Ele era teimoso e impopular e tentou reverter algumas das conquistas da Guerra Civil no Sul. Houve uma tentativa de impedimento. O impedimento acabou sendo derrotado por um único voto no julgamento do Senado americano. Inclusive pelos votos dos adversários políticos de Johnson.

Embora o presidente Johnson continue a ser considerado um péssimo presidente, até hoje a derrota de seu impedimento é comemorada como um marco na evolução constitucional do país. Os americanos compreenderam que a tarefa do processo do impeachment não é salvar o país ou os Poderes dos seus erros políticos e converter impopularidade em mudança de governo."

Aí se faz o paralelo que quiser. Pode fazer com Nixon, pode fazer com Bill Clinton e certamente nenhum paralelo será precisamente igual ao daqui.

"Erros da presidente

Ao condenar a tentativa de impedimento nestas circunstâncias, afirmo ao mesmo tempo a importância de registrar graves e numerosos erros de seu governo. A fonte maior de todos esses erros é não haver reconhecido a necessidade de mudar o nosso caminho nacional.

Não me conformo com o abandono da suposta prioridade do governo: a qualificação do ensino público, a pretexto da falta de dinheiro e da necessidade de tratar, dia e noite, da cooptação dos políticos. Exemplifica, de maneira candente, a observação de André Gide de que o erro mais comum em política é confundir o urgente com importante.

Nós temos tido, pelo menos desde os governos dos mandatos de FHC, o mesmo projeto no poder, liderado primeiro pelo PSDB e depois pelo PT. E é um projeto hoje exaurido. Os seus traços são os seguintes: na política econômica, a dependência das commodities, dos recursos naturais como o motor do nosso crescimento. E a tentativa de democratizar a economia do lado da demanda sem uma democratização correspondente do lado da oferta e da produção.

Os interesses do trabalho e da produção foram subordinados aos interesses do rentismo financeiro. E as commodities pagaram a conta. Estes governos todos aceitaram o nível muito baixo de poupança nacional e de consequente dependência de poupança externa.

A prática política que acompanha essa persistência no rumo errado foi a prática de dividir o governo em duas partes: entre o círculo íntimo, o presidente cercado pelos seus amigos e tecnocratas confiáveis, e o resto do governo, usado para saciar os apetites dos partidos políticos nesse nosso monstruoso presidencialismo de coalizão, que é a combinação dos piores defeitos do presidencialismo americano clássico copiado no Brasil e do regime parlamentar europeu."

Esse talvez seja um problema típico do presidencialismo de coalizão e não do governo A,B ou C.

"Mudança de rumo

Entendo que a alternativa nacional a ser construída, se possível, no resto do mandato da atual presidente e de qualquer forma a partir da sucessão presidencial passa por quatro grandes eixos: o primeiro eixo é a reorganização das finanças públicas como preliminar de uma nova estratégia nacional de desenvolvimento. Não podemos reorganizar as finanças públicas mexendo apenas nos 10% de orçamento de gasto discricionário. Temos de enfrentar os 90%, que são gasto compulsório. Inclusive as vinculações constitucionais.

Mas o país só aceitará este sacrifício se vier no bojo de um projeto de democratização das oportunidades econômicas e das capacitações educacionais. Não pode ser uma iniciativa tecnocrática. Tem de ser uma condição antecedente de uma mudança de rumo no interesse da maioria. Portanto, que sirva aos interesses da produção e do trabalho e que permita em seguida começar a aprofundar a democracia brasileira.

O segundo eixo é organizar no nosso país um produtivismo includente. Fazer aquilo que o modelo vigente até agora não fez, democratizar a economia do lado da produção, e não apenas do lado da demanda e do consumo.

O terceiro eixo é uma revolução na qualidade da educação pública. Novamente, começa em dois conjuntos de ações que não custam dinheiro, custam ideias e inovações institucionais. Um conjunto é a organização da cooperação federativa em educação, a maneira do governo federal trabalhar com Estados e municípios. Não podemos permitir que a qualidade da educação que um jovem brasileiro recebe dependa do acaso do lugar onde ele nasce.

O segundo conjunto de ações na revolução educacional é o currículo nacional, que determina aquilo que cada jovem brasileiro tem o direito de aprender. Uma nova educação capacitadora e analítica, que substitua de vez o enciclopedismo raso e passivo que sempre predominou entre nós.

O quarto eixo é a reinvenção do nosso federalismo. Uma estratégia nacional, como esta que estou propondo, só se efetiva quando toca o chão da realidade nas grandes regiões do país. Uma nova política regional focada em vir ao encontro das vanguardas já emergentes em cada região do país para lhes dar o equipamento econômico e educacional necessário para construir novas vantagens comparativas. Uma política regional que, em vez de ser formulada em Brasília e imposta a partir do centro, seja construída pelas próprias regiões e microrregiões, com apoio do governo central. Já está acontecendo na notável auto-organização do Centro-Oeste brasileiro, que passou a se chamar Brasil Central. O Brasil não está esperando ser salvo, está se levantando na escuridão por sua própria conta.

Agora, esses quatro eixos precisam ser complementados pela reconstrução do Estado e da política, com uma cautela: é comum, entre a elite reformadora do Brasil, imaginar que a reforma do Estado e da política sejam a mãe de todas as reformas. Uma condição anterior à reorientação do rumo. A verdade é oposta. Nenhum país muda a sua política e o seu Estado para só depois decidir o que fazer com o Estado e a política reformada. A reforma do Estado e da política só ocorre de fato no meio do caminho de uma luta para reorientar o rumo social e econômico e assim terá de ser entre nós."

O primeiro eixo é inviável no contexto do mandato de Dilma. E tenho quase certeza que Mangabeira Unger sabe disso. O segundo eixo é daqueles mais diferentes do que o PT pensa: como democratizar a economia do lado da produção? É quebrando grandes empresas em pequenas empresas? Isso é exatamente o contrário de estimular os grandes campeões da produção. O terceiro eixo implica em mudar toda a educação brasileira. Federalizar a educação parece uma boa ideia, mas será que é viável? O que estamos falando é tirar uma parcela grande de recursos de municípios e colocarmos na mão do governo federal. Essa revolução do currículo me causa receio: já foi feito isso e deu errado antes. E claro, não podemos esquecer que mesmo com 100% de sucesso este eixo tem constante de tempo em décadas e não meses. Já o quarto eixo é praticamente oposto a federalização do ensino.

"Do PMDB ao PDT

Sou fundador do PMDB e, mais do que isso, o autor do manifesto de fundação do partido. Concebi o PMDB como um instrumento político de uma grande coalizão majoritária a favor da predominância dos interesses do trabalho e da produção. E o PMDB tem um recurso precioso, a sua incomparável base municipal. Mas os atos recentes, culminando no lançamento do documento "Uma Ponte para o Futuro", demonstraram o fechamento dos grupos que hoje controlam o partido à construção de uma alternativa como a que proponho.

Saí do PMDB e voltei ao meu partido histórico, o PDT. E lá vou trabalhar para apoiar a candidatura de Ciro Gomes, que vejo como o melhor instrumento na sucessão presidencial da alternativa que defendo. Ele demonstra a necessária capacidade de enfrentamento, tem clareza intelectual, e esse casamento é daquilo que precisamos hoje na liderança do país."

Ciro Gomes? Ah, tá de sacanagem...

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Impeachment e Previsões

Bem, já era hora de fazer previsões sobre o impeachment

Antes de mais nada, a quantas anda o placar do impeachment:
292 a favor
115 contra
60 indecisos
46 não quiseram responder

Para o impeachment são necessários 342 votos.

Vamos a algumas possibilidades

  1. Considerando a proporção mantida nos indecisos e sem resposta (72% a favor e 28 % contra): neste caso teremos um placar final de 368 a 145.
  2. Considerando a proporção invertida nos indecisos e sem resposta (28% a favor e 72 % contra): neste caso teremos um placar final de 322 a 191. 
  3. Considerando que a proporção se mantém nos indecisos, mas muda para 100% contrário ao impeachment nos sem resposta: neste caso teremos um placar final de 335 a 178.
  4. Considerando que a proporção de 50% nos indecisos e nos sem resposta: neste caso teremos um placar final de 345 a 168.
  5. Considerando que a proporção de 50% nos indecisos, mas 100% contrário ao impeachment nos sem resposta: neste caso teremos um placar final de 322 a 191.

Naturalmente há toda uma série de cenários possíveis na questão. Mas se considerarmos estes 5 cenários como igualmente prováveis, chegaremos a um número de "consenso": 338 a 175

Mas aí depende de cada um: será que os cenários 1 e 4 são mais prováveis do que o 2, 3 e 5? O fato é que dos cenários, o mais calcado na realidade é o 4. Mas notem a diferença de 3 votos a favor do impeachment - o fato é que o impeachment não é de modo algum garantido.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Um Vídeo sobre Pedaladas

As vezes é mais fácil simplesmente deixar que outra pessoa explique o que são pedaladas e porque foram feitas.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Golpe Versus Impeachment

A pelegada anda dizendo que o Impeachment é Golpe e que Não vai ter Golpe!

Mas isso tem realmente fundamento na realidade é só repetição pelas macacas de auditório?

É repetição.

A verdade é que tanto  o PT quanto PSDB pediram o impeachment de presidentes diversas vezes e, em nenhuma delas, o pedido foi denominado golpe.

E claro, temos o caso do Impeachment de Fernando Collor de Mello.

Naquela época o PT não considerava que o impeachment de Collor fosse golpe. Já Brizola  (e mesmo FHC) considerava que era golpe (pelo menos no começo). O PT participou ativamente do processo, e podem ser encontradas diversas entrevistas aonde o PT diz com todas as palavras que o impeachment de Collor seguiu o "clamor popular" (vide este artigo).

A verdade é que se é golpe agora, foi golpe em 1992. E o partido no poder - PT - foi um dos maiores golpistas. E esqueçam o papo de que o confisco motivou o impeachment. O confisco foi 2 anos antes, e não funcionou.

Mas esta associação é heresia segundo o partido no poder. Se o leitor quiser ler uma desconstrução de história recente dê uma olhada aqui.
A verdade, caro leitor, é que:
  1. O impeachment é um julgamento político e não judicial (vide o caso Collor, que acabou sendo inocentado)
  2. Quando o argumento ajuda a vencer o pleito, ele é usado (clamor das ruas, por exemplo).
  3. As regras só valem quando beneficiam os com maior poder (impeachment dos outros é legal, impeachment dos meus compadres é golpe).

Tudo que você ouviu sobre o PT sobre ser uma alternativa ética e a favor dos pobres e trabalhadores do Brasil é, na verdade, mentira.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Manifestação dos Petistas

Sim é dos petistas mesmo, não venham com esse papo de "pela democracia" ou "contra o golpe". O nome do blog é Mentiras que as Pessoas Contam, e esse papo é mentira sim.

Mas vamos ao que interessa: quantas pessoas estarão na manifestação aqui?

Bem, por notícias temos que devem chegar a Brasília cerca de 546 ônibus. Ainda tem os da cidade que segundo o site são 84.

Para simplificar as contas vamos dizer que teremos cerca de 600 ônibus. Cada um deles com cerca de 50 pessoas.

Isto dá um total de 30 mil pessoas. Vamos dar uma tolerância de 10% e dizer que serão cerca de 33 mil.

Já o vale mortadela pode chegar a 300 reais.

Isto dá um custo de R$ 9.9 milhões. Vamos arrendondar e dizer que são R$ 10 milhões.

A pergunta é: quem paga isso? Ora, o sindicato.

Defendendo não os trabalhadores, mas o patrão.