segunda-feira, 19 de outubro de 2015

domingo, 11 de outubro de 2015

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Olhando no Retrovisor

Nada como um dia depois do outro.

"Um assessor presidencial diz que não é possível cobrar "racionalidade" durante uma campanha eleitoral e que o governo está numa guerra. Segundo ele, a prioridade é ganhar a eleição. Depois, pontes serão reconstruídas."

A lição é simples: destruir pontes é fácil. Difícil é construir. E dá mais trabalho ainda reconstruir.

Será que o camarada que disse isso já se arrependeu? Só para dar uma relembrada (afinal, recordar é viver) vou postar vídeos de Dilma de 2014 a partir de hoje:

Quero que percebam só se passou 1 ano desde que esse vídeo foi postado!

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O Homem de 50 Bilhões de Dólares

Esse título é emblemático

E se refere a Jorge Paulo Lemann.

Hoje provavelmente é até mais do que isso.

Mas o que isso quer dizer? Bem normalmente se pensa em uma das duas opções:
  1. Que ele tem 50 Bilhões em caixa.
  2. Que se ele vender tudo que tem terá 50 Bilhões.
E ambas estão erradas. Aqui há um conceito muito importante e central em toda a economia: o valor de algo.

Imaginem o seguinte, caros leitores, que hoje uma companhia fictícia presidida por fulano está cotada a R$ 10,00 por ação com um total de 1 milhão de ações. Então o valor de "compra" desta companhia é de 10 milhões de reais.

Mas vamos um pouco além: vamos também supor que fulano possui 10% das ações. Então pela lógica podemos supor que ele "possui" 1 milhão de reais.

Até aí tudo bem. Mas sabemos que o mercado é bastante oscilatório. Então esta empresa, mesmo sem comprar ou vender nada, pode muito bem ter o valor da ação alterado tanto para cima quanto para baixo.

Aliás está é a norma - raramente você vê uma ação tendo o mesmo preço no dia-a-dia, ou mesmo no hora-a-hora. Então, vamos supor que no dia D a ação esteja cotada a R 12,00 e no dia dia D+7 o valor cai para R$ 8,00. E isto ocorre sem que a companhia fictícia mude um parafuso sequer na sua linha de produção.

Então como conciliar isso? No dia D, fulano vale 1.2 milhão de reais, mas uma semana depois ele vale "apenas" 800 mil?

Pois é exatamente assim que a maioria dos bilionários funciona. O dinheiro dos bilhões na realidade é apenas expectativa. Ele não existe e nunca existiu. A bem da verdade, ele possivelmente nem pode tentar vender suas ações para obter o dinheiro - o próprio ato de vender as ações iria afetar negativamente o valor da companhia.

Então é isso: o dinheiro na realidade não existe. Não é que o camarada não tenha dinheiro. É apenas que o dinheiro não é "líquido" (não no sentido de molhado, mas no sentido que não pode ser liquidado). E para complicar, a norma é que quanto mais exorbitante a fortuna, menos líquida ela realmente é.

Percebem, caros leitores, como este fato em si torna extremamente complicado taxar, roubar, ou mesmo classificar a riqueza destas pessoas.

E isto é algo que está faltando no debate sobre desigualdades, riqueza e pobreza e coisas afins. O fato de 0.7% da população terem 241 trilhões de dólares não quer dizer o mesmo que essas pessoas TEM esse dinheiro. E isso deveria até ser bastante óbvio, dado que o PIB mundial é de cerca de 71 trilhões de dólares.

Bem, pensando bem, é meio óbvio não?