sexta-feira, 27 de março de 2015

Sobre inflação

Bem, não tem como dourar a pílula: a coisa ainda pode piorar bastante para o lado da inflação.

Se tudo seguir como antes - ou seja na média da inflação do governo Dilma:
DEZ5,91%6,50%5,84% 5,91%  6,41%
Temos uma média de 6.1% aproximadamente. O que dá perto de 0.5% ao mês. Como já temos 1.24% em janeiro e 1.22% em fevereiro, teremos pelo menos 7.46% de inflação acumulada até dezembro.

O topo da meta de 6.5% não deve ser cumprido. Vou investigar sobre pior e melhor cenário nestas circunstâncias.

Mas não dá para ser muito otimista não.

PS: Inflação de 7 a 15% não é o fim do mundo não. Há espaço para recuperação, mas para fazer isso tem que mudar muita coisa - e isso vai desagradar muita gente mesmo.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Sobre a manifestação e o futuro

Como já havia dito antes, eu tinha planos para ir na manifestação de domingo.

E isso nada tinha a ver com golpe, impeachment ou coisa parecida. Era mesmo para expressar insatisfação com a situação - e, quiça, deixar claro que a mentira não teria a mesma tolerância usual.

Bem, eu fui. Foi bastante interessante e tinha muita gente.
Foto de http://leiase.com.br/protestos-se-espalham-pelo-brasil/ 
Quantas pessoas? Não faço ideia. Creio que ocuparam parte da área do congresso nacional (cerca de 150 por 200 metros - ou cerca de 30 mil metros quadrados). Supondo 1 pessoa por metro quadrado dá cerca de 30 mil pessoas). Se supormos mais pessoas por metro quadrado, este número aumenta.

Já em São Paulo fala-se em algo entre 200 mil e 1 milhão de pessoas.

Mas os números não são importantes em si.

A importância é o recado que foi dado: insatisfação.

Claro que haviam outras agendas (intervenção militar - cruz credo, impeachment, prisão, e etc...).

Mas a pauta comum foi insatisfação.

Depois disso eu tive que ler o que outros escreveram a respeito. Mas isso eu entro em detalhes em outro post.

sábado, 7 de março de 2015

Sobre um impeachment

Bom, vou deixar claro uma coisa: eu planejo ir na manifestação de 15 de março, mas sou contrário ao impeachment da atual presidente.

É uma contradição? Bom, em termos. Não acredito que as informações até agora divulgadas sejam justificativa suficiente para um impeachment. Claro que com mais informações pode ser que isso mude como vejo a situação.

Mas pretendo ir mesmo assim. A razão? Acredito que é necessário demonstrar que a insatisfação é generalizada. Não creio em impeachment, mas creio que a população pode e deve mostrar quando não está satisfeita com o andar da carruagem.

E por população, eu não estou falando das figurinhas carimbadas que se auto intitulam de movimentos sociais - sendo que na verdade são compostos primariamente de pessoas pertencentes a classe alta que se consideram arautos do pensamento do povo.

A verdade é que o melhor para todos é que a atual presidente siga com seu mandato até o término. Mesmo que o final seja bem pior do que o começo.


Por que? Simples, se houver impeachment teremos um acirramento das tensões já existentes. Mas se tudo seguir conforme o programada, as chances são que o grupo político atualmente no poder seja defenestrado nas próximas eleições - ficando fora do poder possivelmente por um longo, longo tempo.

E Lula? O que acontecerá se ele concorrer em 2018? Aí eu digo o seguinte: as chances são que um processo de impeachment, por mais legítimo que fosse, iria facilitar e fortalecer a candidatura do mesmo. Ao contrário do que aconteceria se as coisas fosse deixadas seguir seu ritmo natural.

Isso é como vejo as coisas.