Bem, finalmente aconteceu...
A URP (que já falei anteriormente) foi congelada nos valores de 2016.
No final das contas, esta é a melhor solução possível para o problema.
Mas, como esperado, o pessoal resolveu agir e "provocar" o STF para se pronunciar sobre o assunto.
Olha, francamente não sei se o pessoal é burro, mal-informado, traíra, ou alguma combinação dos anteriores.
Quem ler o que escrevi sobre URP (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) vai entender que a posição dos professores da UnB na questão não é apenas delicada.
Se o STF for cumprir a lei, TODOS os professores e funcionários recebendo atualmente URP perderiam imediatamente o benefício
Este blog tem como propósito sincero esclarecer as notícias e novidades sem confundir.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
Sobre seriados de televisão
Bem, tenho de colocar duas opiniões impopulares aqui:
1) Adorei o fim de Game of Thrones
2) Estou adorando Watchmen
Como não posso simplesmente escrever isso e deixar como uma bomba vou gastar um pouco de tempo explicando o porque de cada um.
Primeiro Game of Thrones
Quem não viu o final, bem devo dizer que vou revelar alguns detalhes. No final Daenerys massacra toda uma cidade devido ao seu estado mental. E o massacre ocorre depois da cidade se render. E como que para provar que tudo foi premeditado, suas forças matam todos os soldados inimigos sobreviventes.
Muita gente ficou com raiva deste final.
Mas francamente é perfeito: está totalmente de acordo com o personagem e com o conceito do "tirano que faz tudo pelo bem da humanidade/povo/raça". E isso é um tema comum na história, e muita gente cai ainda hoje na estória da carochinha do tirano. Stalin, Mao, Guevara, Hitler, Pol Pot e muitos, muitos outros. E Daenerys era exatamente isso: uma tirana fazendo tudo pelo "bem maior".
Muito curioso que estes nunca pensem em dar fim própria vida constituiria um "bem maior". O conceito de sacrifício é sempre uma espécie de cálculo para o ganho futuro. E sempre que possível, o sacrifício deve ser de outros.
Isso foi perfeito: eu torci pela Daenerys até o momento que vi o massacre. E nesse momento, vi que essa ação não foi fruto de um momento de loucura: mas algo sistemático ao longo de toda a trajetória. Só que ela fazia para outros que tinham comportamento de vilões.
E quanto a Watchmen?
Bom, a série ainda não terminou. Mas é claro que o tema de mocinhos e bandidos que os quadrinhos tão bem descontruiram está presente. E no caso são os racistas versus não racistas.
Eu imagino que no fim os não racistas irão fazer algo inacreditavelmente cruel e ruim com os racistas. Mesmo que, nesse caso, os racistas não tenha culpa direta...
Vamos ver
1) Adorei o fim de Game of Thrones
2) Estou adorando Watchmen
Como não posso simplesmente escrever isso e deixar como uma bomba vou gastar um pouco de tempo explicando o porque de cada um.
Primeiro Game of Thrones
Quem não viu o final, bem devo dizer que vou revelar alguns detalhes. No final Daenerys massacra toda uma cidade devido ao seu estado mental. E o massacre ocorre depois da cidade se render. E como que para provar que tudo foi premeditado, suas forças matam todos os soldados inimigos sobreviventes.
Muita gente ficou com raiva deste final.
Mas francamente é perfeito: está totalmente de acordo com o personagem e com o conceito do "tirano que faz tudo pelo bem da humanidade/povo/raça". E isso é um tema comum na história, e muita gente cai ainda hoje na estória da carochinha do tirano. Stalin, Mao, Guevara, Hitler, Pol Pot e muitos, muitos outros. E Daenerys era exatamente isso: uma tirana fazendo tudo pelo "bem maior".
Muito curioso que estes nunca pensem em dar fim própria vida constituiria um "bem maior". O conceito de sacrifício é sempre uma espécie de cálculo para o ganho futuro. E sempre que possível, o sacrifício deve ser de outros.
Isso foi perfeito: eu torci pela Daenerys até o momento que vi o massacre. E nesse momento, vi que essa ação não foi fruto de um momento de loucura: mas algo sistemático ao longo de toda a trajetória. Só que ela fazia para outros que tinham comportamento de vilões.
E quanto a Watchmen?
Bom, a série ainda não terminou. Mas é claro que o tema de mocinhos e bandidos que os quadrinhos tão bem descontruiram está presente. E no caso são os racistas versus não racistas.
Eu imagino que no fim os não racistas irão fazer algo inacreditavelmente cruel e ruim com os racistas. Mesmo que, nesse caso, os racistas não tenha culpa direta...
Vamos ver
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Aconteceu tanta coisa
Pois é, depois da minha última postagem aconteceu tanta coisa.
É difícil até se atualizar a respeito...
E isso é um problema: a enxurrada contínua de notícias impede qualquer análise aprofundada.
Isso é estratégia de comunicação: inunde o adversário com um mar de notícias (algumas relevantes, outras nem tanto).
O problema é que o adversário pode fazer algo parecido. Criar factóides não é privilégio de ninguém.
Mas tudo isso tem um preço: erode a credibilidade e impede a análise sem paixões.
Em suma, é uma ferramente para uma erra de extremos
É difícil até se atualizar a respeito...
E isso é um problema: a enxurrada contínua de notícias impede qualquer análise aprofundada.
Isso é estratégia de comunicação: inunde o adversário com um mar de notícias (algumas relevantes, outras nem tanto).
O problema é que o adversário pode fazer algo parecido. Criar factóides não é privilégio de ninguém.
Mas tudo isso tem um preço: erode a credibilidade e impede a análise sem paixões.
Em suma, é uma ferramente para uma erra de extremos
terça-feira, 30 de abril de 2019
Venezuela em Chamas
A situação na Venezuela piorou um pouco mais hoje
Não há muito como apoiar o goveno de Nicolas Maduro.
Exceto se for petista ou psolista.
Sei que é inacreditável, mas é verdade - esses links são das páginas respectivas.
Eu também acreditei neles.
Mas não mais...
Eu me pergunto se esses links vão sumir misteriosamente em um futuro próximo.
Não há muito como apoiar o goveno de Nicolas Maduro.
Exceto se for petista ou psolista.
Sei que é inacreditável, mas é verdade - esses links são das páginas respectivas.
Eu também acreditei neles.
Mas não mais...
Eu me pergunto se esses links vão sumir misteriosamente em um futuro próximo.
sexta-feira, 19 de abril de 2019
Incêndio em Notre Dame
Na última semana ocorreu um grande incêndio na catedral de Notre Dame.
Eu estive lá anos atrás e achei uma pena o que ocorreu. Muito triste mesmo.
Um ponto positivo foi que diversas pessoas e organizações anunciaram que iriam contribuir para reconstrução com doações. Isso é boa notícia, pois a catedral vinha sofrendo bastante com baixo financiamento para sua manutenção e reconstrução.
Mas meu ponto é outro: a reclamação nas mídias sociais que o Museu Nacional não teve a mesmo entusiamo nas doações.
Bem, o fato do museu nacional não ter tido tantas doações é bastante triste, mas não é inesperado.
Temos diversos problemas aqui.
Um deles é que o mecanismo de doações para instituições do governo desestimula a fazer qualquer tipo de doação. Já tive experiência com isto e francamente, doar pode virar dor de cabeça para o doador e para quem recebe.
Há um outro fator que é a desconfiança: a maioria dos brasileiros vê com desconfiança que doa e faz propaganda a respeito. Isto desestimula doadores do tipo empresas que querem justamente a visibilidade que a doação traz.
E por fim: Notre Dame tem 800 anos - é mais velho até que o país que vivo. Funciona como patrimônio da humanidade inteira e é visitado por pessoas dos mais diferentes lugares (12 milhões por ano).
E isso é muito mais do que se pode dizer do Museu Nacional do Rio (192 mil por ano no pico).
Eu estive lá anos atrás e achei uma pena o que ocorreu. Muito triste mesmo.
Um ponto positivo foi que diversas pessoas e organizações anunciaram que iriam contribuir para reconstrução com doações. Isso é boa notícia, pois a catedral vinha sofrendo bastante com baixo financiamento para sua manutenção e reconstrução.
Mas meu ponto é outro: a reclamação nas mídias sociais que o Museu Nacional não teve a mesmo entusiamo nas doações.
Bem, o fato do museu nacional não ter tido tantas doações é bastante triste, mas não é inesperado.
Temos diversos problemas aqui.
Um deles é que o mecanismo de doações para instituições do governo desestimula a fazer qualquer tipo de doação. Já tive experiência com isto e francamente, doar pode virar dor de cabeça para o doador e para quem recebe.
Há um outro fator que é a desconfiança: a maioria dos brasileiros vê com desconfiança que doa e faz propaganda a respeito. Isto desestimula doadores do tipo empresas que querem justamente a visibilidade que a doação traz.
E por fim: Notre Dame tem 800 anos - é mais velho até que o país que vivo. Funciona como patrimônio da humanidade inteira e é visitado por pessoas dos mais diferentes lugares (12 milhões por ano).
E isso é muito mais do que se pode dizer do Museu Nacional do Rio (192 mil por ano no pico).
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Liberdade de Expressão: Vale o que afinal?
Bem, aqui na terrinha as coisas andam mais estranhas do que de costume.
Neste semana o Supremo Tribunal Federal resolveu multar uma revista em R$ 100 mil diários devido a uma notícia que compremetia um dos membros da corte.
A razão foi a mensagem que o tal membro da corte enviou para outro membro da corte. Em resumo, o argumento é que a notícia é "Fake News" e portanto deve ter sua disseminação coibida.
O problema é: a notícia não é falsa.
E mais ainda: o documento que comprova que a notícia não é falsa foi retirado do processo original (aparentemente de modo ilegal - vide aqui).
Então, há uma confusão armada. Os doutos da lei foram pegos de calças curtas, e ao invés de voltarem atrás, resolveram dobrar as apostas.
Há várias lições a serem aprendidas aqui.
A primeira é que se deve ter muito cuidado com a ideia de se controlar o que é fake news ou não. O melhor é indicar para as pessoas como identificar, os efeitos que pode ter e suas consequências. Afinal, se não podemos confiar no julgamento das pessoas, então em quais julgamentos poderemos confiar?
Designar o que é fake ou não é algo complicado. Astrologia, poder das pirâmides, poder dos cristais e coisas fins são fake news? Estritamente falando são, mas ao mesmo tempo podem ser vistas como formas de entretenimento.
A ideia de controlar o que as pessoas tem acesso e o que consomem é algo bem mais complexo do que era no passado. O monopólio da informação não é mais o mesmo. E isso é algo que certos "doutos" não conseguiram entender ainda. É muito fácil que a alcunha de "Fake News! seja usada indiscriminadamente como uma forma velada de censura.
Segundo: não há nada errado em admitir que errou. O problema, como já disse antes, é uma vez conhecido o erro, o que se faz a partir disto... Geralmente, a vaidade ou a noção de auto-importância criam entraves para admissão do erro nestas situações. E isso é ruim.
Terceiro: reputação é algo que se constroi com o passar dos anos. Destruição de reputação é algo que se consegue em minutos;
Mas, duvido que os envolvidos entendam (ou queiram entender isso)
Neste semana o Supremo Tribunal Federal resolveu multar uma revista em R$ 100 mil diários devido a uma notícia que compremetia um dos membros da corte.
A razão foi a mensagem que o tal membro da corte enviou para outro membro da corte. Em resumo, o argumento é que a notícia é "Fake News" e portanto deve ter sua disseminação coibida.
O problema é: a notícia não é falsa.
E mais ainda: o documento que comprova que a notícia não é falsa foi retirado do processo original (aparentemente de modo ilegal - vide aqui).
Então, há uma confusão armada. Os doutos da lei foram pegos de calças curtas, e ao invés de voltarem atrás, resolveram dobrar as apostas.
Há várias lições a serem aprendidas aqui.
A primeira é que se deve ter muito cuidado com a ideia de se controlar o que é fake news ou não. O melhor é indicar para as pessoas como identificar, os efeitos que pode ter e suas consequências. Afinal, se não podemos confiar no julgamento das pessoas, então em quais julgamentos poderemos confiar?
Designar o que é fake ou não é algo complicado. Astrologia, poder das pirâmides, poder dos cristais e coisas fins são fake news? Estritamente falando são, mas ao mesmo tempo podem ser vistas como formas de entretenimento.
A ideia de controlar o que as pessoas tem acesso e o que consomem é algo bem mais complexo do que era no passado. O monopólio da informação não é mais o mesmo. E isso é algo que certos "doutos" não conseguiram entender ainda. É muito fácil que a alcunha de "Fake News! seja usada indiscriminadamente como uma forma velada de censura.
Segundo: não há nada errado em admitir que errou. O problema, como já disse antes, é uma vez conhecido o erro, o que se faz a partir disto... Geralmente, a vaidade ou a noção de auto-importância criam entraves para admissão do erro nestas situações. E isso é ruim.
Terceiro: reputação é algo que se constroi com o passar dos anos. Destruição de reputação é algo que se consegue em minutos;
Mas, duvido que os envolvidos entendam (ou queiram entender isso)
sexta-feira, 5 de abril de 2019
Normalidade anormal
Bem, passados muito tempo após a eleição, eu estou de volta.
E como já havia mencionado em postagem anterior, a eleição não eliminou as diferenças.
Muito pelo contrário: as acirrou...
Em vista disso creio ser importante caracterizar a polêmica atual: a previdência social.
Eu vejo alguns debates honestos e alguns debates desonestos.
A verdade é que o sistema de previdência atual caminha para insustentabilidade. Creio até que já mencionei isso em posts anteriores.
E a aprovação da atual proposta não acaba com o problema, apenas o posterga. Fala-se sobre a mudança para o regime de capitalização como a panacéia para o problema.
Bem, problema é do país, de como ele funciona e das pessoas que vivem aqui.
Qualquer que seja a solução, a mesma será desvirtuada (e roubada) como aconteceu com o sistema de pensões das estatais
Dinheiro na mão é vendaval!!!
E como já havia mencionado em postagem anterior, a eleição não eliminou as diferenças.
Muito pelo contrário: as acirrou...
Em vista disso creio ser importante caracterizar a polêmica atual: a previdência social.
Eu vejo alguns debates honestos e alguns debates desonestos.
A verdade é que o sistema de previdência atual caminha para insustentabilidade. Creio até que já mencionei isso em posts anteriores.
E a aprovação da atual proposta não acaba com o problema, apenas o posterga. Fala-se sobre a mudança para o regime de capitalização como a panacéia para o problema.
Bem, problema é do país, de como ele funciona e das pessoas que vivem aqui.
Qualquer que seja a solução, a mesma será desvirtuada (e roubada) como aconteceu com o sistema de pensões das estatais
Dinheiro na mão é vendaval!!!
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