quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Olhando no Retrovisor – a Fake News do bem

Bem, como sempre estamos vivendo as consequências das nossa decisões passadas. Estamos em 2025 e já esquecemos não só tudo que passou, mas até como chegamos aqui. Em parte isso é compreensível dado o volume de informações que temos que lidar toda hora.

Mas ao mesmo tempo é revistando o passado que temos chance de entender uma pouco mais sobre nosso presente. E nesse post em particular eu quero  relembrar algo que escrevi em 2019:

Bem, aqui na terrinha as coisas andam mais estranhas do que de costume.

Nesta semana o 
Supremo Tribunal Federal resolveu multar uma revista em R$ 100 mil diários devido a uma notícia que comprometia um dos membros da corte.

A razão foi a mensagem que o tal membro da corte enviou para outro membro da corte. Em resumo, o argumento é que a notícia é "
Fake News" e portanto deve ter sua disseminação coibida.

O problema é: a notícia não é falsa.

E mais ainda: o documento que comprova que a notícia não é falsa foi retirado do processo original (aparentemente de modo ilegal - vide 
aqui).

Então, há uma confusão armada. Os doutos da lei foram pegos de calças curtas, e ao invés de voltarem atrás, resolveram dobrar as apostas.

Há várias lições a serem aprendidas aqui.

A primeira é que se deve ter muito cuidado com a ideia de se controlar o que é fake news ou não. O melhor é indicar para as pessoas como identificar, os efeitos que pode ter e suas consequências. Afinal, se não podemos confiar no julgamento das pessoas, então em quais julgamentos poderemos confiar?

Designar o que é fake ou não é algo complicado. Astrologia, poder das pirâmides, poder dos cristais e coisas fins são fake news? Estritamente falando são, mas ao mesmo tempo podem ser vistas como formas de entretenimento.

A ideia de controlar o que as pessoas tem acesso e o que consomem é algo bem mais complexo do que era no passado. O monopólio da informação não é mais o mesmo. E isso é algo que certos "doutos" não conseguiram entender ainda. É muito fácil que a alcunha de "Fake News! seja usada indiscriminadamente como uma forma velada de censura.

Segundo: não há nada errado em admitir que errou. O problema, como já disse antes, é uma vez conhecido o erro, o que se faz a partir disto... Geralmente, a vaidade ou a noção de auto importância criam entraves para admissão do erro nestas situações. E isso é ruim.

Terceiro: reputação é algo que se constrói com o passar dos anos. Destruição de reputação é algo que se consegue em minutos;

Mas, duvido que os envolvidos entendam (ou queiram entender isso)

Este incidente foi um divisor de águas na atuação do STF, e quase ninguém se lembra.

E devo relembrar o que eu escrevi:

A primeira é que se deve ter muito cuidado com a ideia de se controlar o que é fake news ou não. O melhor é indicar para as pessoas como identificar, os efeitos que pode ter e suas consequências. Afinal, se não podemos confiar no julgamento das pessoas, então em quais julgamentos poderemos confiar?

Essas linhas forma escritas mais ou menos na mesma época que as agências de checagem começaram a sair da caixinha (lembram da cartilha contra racismo da agência Lupa?). Isso caracteriza o mau uso do instrumento de checagem com o objetivo de avançar uma agenda específica (nem entro no mérito se a agenda é boa ou não – não é este o problema).

O problema é que mentir ou distorcer a verdade para alcançar um objetivo (seja bom ou não) destrói a confiabilidade da agência. E aí pouco importa a intenção se o objeto principal de existência de um instrumento de checagem foi corrompido. É o velho problema de envenenar o poço: não dá para usar nada que venha dele daí em diante.

E isso me leva de volta ao STF. Esperar que um tribunal acerte sempre é tolice, mas esperar que o tribunal nunca erro também é tolice. E aí temos uma situação curiosa: o tribunal revogou a censura – portanto reconheceu seu erro. E isso é uma coisa boa, mas...

O problema é que de lá para cá a censura meio que tomou conta das decisões do STF. E isso não é uma coisa boa.

Porque essa posição? Não sei... talvez os ministros achem que se der errado podem voltar atrás mais tarde, como aconteceu com a Lava Jato. Talvez acreditem que estão absolutamente certos, ou talvez acreditem que dadas as diversas possiblidades este é o melhor curso a ser tomado. Talvez algo mais sinistro? No fim isso nem importa tanto assim (lembrem-se: ações tem consequências, palavras tem no máximo intenções)

Em última análise os motivos nem são tão relevantes assim: houve uma mudança de direção, e no sentido de restringir a liberdade das pessoas. E olhando de fora, as decisões parecem ter um lado.

Não dá para deixar de lado a impressão que há um esforço (coordenado ou não) para favorecer determinadas narrativas. E algumas dessas narrativas são claramente mentirosas...

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Olhando no Retrovisor - COVID 19 - Parte 6

Não há outro jeito de dizer isso: a resposta durante a pandemia foi confusa e bastante errática. Na pandemia as autoridades tiveram de tomar diversas decisões e estabelecer várias diretrizes. Algumas dessas foram bastante acertadas, outras boas porém erradas e algumas bastante desastradas.

Em uma situação como essa, isto é meio que esperado. Não temos acesso a todas as informações e temos de nos basear em informações de situações anteriores para tomar as decisões. Mas tão importante quanto reconhecer as limitações, temos de reconhecer os erros cometidos.

Um acerto particularmente bom foi ao de estimular a limpeza com álcool das mãos e superfícies em geral. Isso diminuiu a proliferação do vírus em por contato em vários casos. Mas esse acerto foi generalizado além do razoável (lembrem-se do caso dos condimentos na mesa) e terminou por complicar a vida de muita gente.

Uma medida controversa e que sem dúvida causou muitos problemas foi o distanciamento social. A ideia parecia boa, mas descambou no lockdown e suspensão de diversas atividades por muito mais tempo do que o necessário. E quando verificou-se que o vírus podia se espalhar na forma aérea, o distanciamento social se provou sem vantagens: o vírus podia permanecer no ar muito tempo depois da saída de infectados do ambiente.

Tivemos também a questão das máscaras, que eu considero que fizeram algum bem, mas não na forma de proteção física. Eu entendo que aquilo era mais uma muleta psicológica.

E isto me leva a um problema realmente grande: os efeitos psicológicos e sociais na pandemia.

Nos efeitos sociais, muitas autoridades foram radicalmente contra opiniões divergentes. Isto levou até algumas perseguições. Intelectualmente eu até entendo isso: a tomada de decisões em uma situação dessas deve normalmente ser direta e até um pouco indiferente a outras opiniões. Mas o problema é que algumas vezes isso foi usado como mecanismo de ocultação de informações relevantes (como a tese do vazamento do laboratório na China) ou mesmo blindagem de decisões erradas (como a questão da propagação em via aérea do vírus).

Naturalmente, houve informações erradas que tiveram consequências ruins.

A dúvida levantada sobre a vacina fez e ainda continua fazendo muito mal. E hoje essa dúvida está no mesmo nível do terraplanistas: não há mais racionalidade no processo, agora é simplesmente uma questão de fé.

No outro campo, a informação que não havia chance de ter tido vazamento no laboratório na China estica demais a corda da credulidade nas informações oficiais. De modo similar ao caso das vacinas, o poço está envenenado. A posição oficial é que não houve influência do laboratório de pesquisa biológica sitiado na cidade chave na propagação da pandemia. O mais provável é que exista alguma conexão, ainda que a origem do vírus possa ser mais complexa do que um simples vazamento.

E não vamos esquecer da “limpeza” nos dados divulgados de casos e mortes por COVID em diversos países: tem informações ali que simplesmente não dá para ser levada a sério por ninguém.

No aspecto psicológico ainda estamos tendo a ressaca do isolamento social. Tivemos aumento da interação em redes sociais e diminuição da forma presencial. Isso não pode ser bom.

O caso do trabalho remoto é provavelmente o mais engraçado: ajudou de diversas formas, mas complicou na medição da produtividade. Aqui na UnB em particular, eu acredito que ele fez um mal danado até por demorar demais a voltarmos a modalidade presencial. Foi muito problemático para disciplinas presenciais como laboratório. No final creio que o aprendizado do aluno foi prejudicado bastante.

Mas deixo claro que houve pontos positivos: o trabalho remoto forçou professores a mudar a forma de apresentar conteúdos e fazer avaliações. E creio que foi para melhor. Da minha parte, tive de aprender a fazer vídeos de laboratório e teoria e terminei fazendo canais de vídeo como forma de introduzir novidades e informações em nível mais aprofundado em circuitos elétricos e eletromagnetismo.

Não deixa de ser curioso imaginar que 10 anos atrás muitas dessas atividade remotas seriam inimagináveis.

E há um ponto importante que sempre foi relegado, pelo menos no Brasil: nem todo mundo pode fazer trabalho remoto. Muitas pessoas tiveram de enfrentar filas, ônibus lotados e mesmo atividades além do horário normal de trabalho durante o período. E sempre são esquecidas. Essas pessoas não poderiam fazer trabalho remoto até porque a essência do trabalho era presencial. E, cabe dizer novamente, sempre são esquecidas.

Da minha parte, o comportamento no governo brasileiro na pandemia não foi tão ruim quanto eu achava na época. Certamente poderia ter sido melhor, e pode-se dizer que a forma de condução do governo na pandemia foi desastrada. Mas não dá para argumentar com os dados: podemos não ter tido desempenho estelar, mas não foi tão ruim quanto se propalou na época.

E o que podemos aprender de tudo isso? Que tivemos uma boa resposta em alguns setores, uma resposta mediana em outros e uma péssima resposta nos demais. Hoje creio que um pouco mais de humildade pelo desconhecimento e um chamado a enfrentar esse problema de forma clara com boa comunicação teria sido muito melhor

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Olhando no Retrovisor - COVID 19 - Parte 5

O caso de epidemias e pandemias é que a forma como se espalham dependem da demografia da região em estudo. Isso quer dizer que se espera maior incidência em regiões com maior densidade populacional. Mas não apenas em população, também temos um efeito geográfico. Maiores áreas tem espalhamento mais lento do que pequenas áreas. E isto quer dizer que antes de olharmos os demais países, temos de olhar o Brasil. Então vamos começar olhando os dados disponíveis (Coronavírus Brasil).

Região

Casos por 100 mil habitantes

Mortes por 100 mil habitantes

Centro-Oeste

28333.5

413.2

Sul

27728.4

378.9

Norte

16355.1

283.5

Nordeste

13379.1

240.6

Sudeste

17809.8

391.7

De posse desses dados podemos estimar a mortalidade por região.

Região

Mortalidade (%) (mortos/casos*100)

Centro-Oeste

1,4583

Sul

1,3665

Norte

1,7334

Nordeste

1,7983

Sudeste

2,1994

A taxa do sul é a mais baixa, seguida da taxa do centro-oeste.  As taxas do norte e do nordeste são bastante parecidas, enquanto a do sudeste é muito mais alta. Pensando apenas em densidade populacional, isto quer dizer que temos de dar uma olhada mais aprofundada em cada um dos estados.

Estado

Casos por 100 mil habitantes

Mortes por 100 mil habitantes

Mortalidade (%) (mortos/casos*100)

Pará

10549

224,8

2,13

Roraima

31879,9

363,2

1,14

Acre

19840,1

240,2

1,21

Rondônia

28421,3

423,5

1,49

Tocantins

24766,6

274,8

1,11

Amazonas

15673,9

351,2

2,24

Ceará

13379,1

240,6

1,80

Pernambuco

16823,6

309,0

1,84

Paraíba

18226,6

267,5

1,47

Bahia

12467,9

216,1

1,73

Alagoas

10520,9

221,1

2,10

Maranhão

7111,3

157,0

2,21

Rio Grande do Norte

17264,6

266,7

1,54

Sergipe

16046,1

286,8

1,79

Piauí

13419,8

258,1

1,92

Rio Grande do Sul

27836,6

380,2

1,37

Santa Catarina

29359,5

324,5

1,11

Paraná

26598,7

411,8

1,55

Goiás

10520,9

221,1

2,10

Distrito Federal

32013,8

399,7

1,25

Mato Grosso

26799,8

438,5

1,64

Mato Grosso do Sul

23093,7

408,6

1,77

São Paulo

15158,5

403,3

2,66

Espirito Santo

34012,0

379,7

1,12

Rio de Janeiro

17377,7

434,5

2,50

Minas Gerais

20666,7

317,5

1,54

Brasil

18709,9

341

1,82

Logo vemos grandes diferenças na mortalidade entre estados. As maiores taxas são em São Paulo (2.66%) e Rio de Janeiro (2.5%) por larga margem. A estes seguem Amazonas (2.24%) e Maranhão (2.21%). Os demais estão abaixo de 2.13%.

E o que isso significa? Bom, claramente os valores por estado não são os valores por região. Isto implica em não homogeneidade. Existe uma questão da qualidade de dados, mas o efeito de diferenças entre cidades continua sendo bem visível.

O problema é que para comparar com o resto do mundo temos de usar metodologias comuns e assim ficamos com algumas falhas de informação. Mas podemos usar os dados disponíveis a nível mundial (Coronavirus (COVID-19) Deaths - Our World in Data)

Se olharmos para o mundo em si temos um quadro interessante:

Estado

Casos por 100 mil habitantes

Mortes por 100 mil habitantes

Mortalidade (%) (mortos/casos*100)

Argentina

22274,3600

288,0228

1,29

Bósnia/Herzegovina

12615,2266

511,9255

4,06

Brasil

17965,8795

334,3274

1,86

Bulgaria

19612,0270

567,9320

2,90

Canada

12413,4204

142,4015

1,15

Czechia

45310,5340

410,5528

0,91

França

60742,8751

261,6193

0,43

Georgia

49130,8459

451,9691

0,92

Alemanha

45712,2758

208,0818

0,46

Hungria

23111,1750

507,2561

2,19

Latvia

51981,6400

405,1002

0,78

Peru

13540,4580

660,3659

4,88

Ucrânia

13510,0950

2677,964

1,98

Reino Unido

36768,4003

340,4393

0,93

Estados Unidos

30285,9316

359,2290

1,19

Usando somente estes dados podemos montar a nossa tabela de pior mortalidade.

  1.      Peru (4,88)
  2.        Bósnia/Hezergovina (4,06)
  3.        Bulgaria (2,90)
  4.        Hungria (2,19)
  5.        Ucrânia (1,98)
  6.        Brasil (1,86)

Mas será que esta é uma comparação justa? Pode ser que sim, pode ser que não. Mas aqui cabe uma generalização para fins de comparação: no início da Pandemia praticamente todos os casos suspeitos eram catalogados. Mas já depois da primeira vacinação este tipo de cuidado não era mais tão prevalente. É de se esperar que esta taxa esteja distorcida, já que a mortalidade deve ser essa mesmo, mas a taxa de casos deve ser bem maior.

Então a generalização que vamos usar é: considerarmos que a COVID atingiu 100% da população para fins de comparação. Isto possivelmente não é o valor real, mas é algo mais próximos do que o que está sendo utilizado nas tabelas. No Brasil temos 37 milhões de casos registrados, mas certamente o número real é maior do que esse. Sendo que possivelmente está mais próximo dos 210 milhões de habitantes. Vamos também considerar que o número de óbitos por centena de milhar é mais ou menos preciso, já que as estatísticas de óbito são certamente mais precisas que as de incidência da doença.

Então vamos calcular o multiplicador da mortalidade baseado Mas desses países, temos como ver o efeito da população real? Mas se compararmos o número total de casos com a população do país talvez tenhamos um quadro mais realista.

Estado

Casos Totais

População

Percentual casos

Argentina

10114311

45538356

22,21

Bósnia/Herzegovina

403289

3185033

12,66

Brasil

37783385

211140678

17,89

Bulgaria

1338681

6795757

19,70

Canada

4819040

39299053

12,26

Czechia

4836070

10809674

44,74

França

39043921

66438774

58,77

Georgia

1864382

3807436

48,97

Alemanha

38437706

84548184

45,46

Hungria

2238146

9686418

23,11

Latvia

977783

1882336

51,95

Peru

4532720

33845565

13,39

Ucrânia

5545721

37732781

14,70

Reino Unido

25068493

68682907

36,50

Estados Unidos

103436829

343477285

30,11

De posse deste percentual podemos fazer uma nova estimativa da mortalidade considerando toda população.  Agora temos:

Estado

Mortalidade (%) original

Multiplicador (%)

Mortalidade (%) recalculada

Argentina

1,29

22,21

0,29

Bósnia/Herzegovina

4,06

12,66

0,51

Brasil

1,86

17,89

0,33

Bulgaria

2,90

19,70

0,57

Canada

1,15

12,26

0,14

Czechia

0,91

44,74

0,41

França

0,43

58,77

0,25

Georgia

0,92

48,97

0,45

Alemanha

0,46

45,46

0,21

Hungria

2,19

23,11

0,51

Latvia

0,78

51,95

0,40

Peru

4,88

13,39

0,65

Ucrânia

1,98

14,70

0,29

Reino Unido

0,93

36,50

0,34

Estados Unidos

1,19

30,11

0,36

 Nesta comparação temos uma nova ordem na colocação

  1.  Peru (0,65)
  2.   Bulgaria (0,57)
  3.   Bósnia/Hezergovina (0,51)
  4.   Hungria (0,51)
  5.   Georgia (0,45)
  6.   Czechia (0,41)
  7.   Latvia (0,40)
  8.   Estados Unidos (0,36)
  9.   Reino Unido (0,34)
  10.   Brasil (0,33)

Então chegamos ao cerne do problema: qual das metodologias pode ser considerada “mais correta”? Em uma delas o Brasil é o sexto da lista de piores, e na outra o Brasil é o décimo lugar. E ainda há outra questão: nesta metodologia podem ter outros países que não foram  incluídos nessa lista por estarem com “situação melhor” na lista geral. Mas não vamos entrar nessa questão aqui.

Em um ponto pessoal, eu confio mais na segunda metodologia que leva em consideração a população total dos países. Há duas razões principais, sendo a primeira que o comportamento esperado de uma infecção como a COVID é de se espalhar ao máximo na população (mesmo com vacinação. A outra razão é que a mortalidade originalmente estimada era algo na faixa de 0,1 a 0,5 %. E isto está mais em linha com os valores obtidos nessa nova tabela (que está mais em linha com a resposta de países como a Alemanha e o Canadá).

Mas em última análise vai tudo depender em que o leitor acredita. Hoje, minha visão é que a resposta a COVID no Brasil não foi estelar. No entanto não foi o genocídio que a propaganda política tenta emplacar, apesar de que eu não tinha tanta leniência na época. Como vejo hoje, nosso desempenho foi par com o Reino Unido e os Estados Unidos e não muito diferente do caso da Argentina. E isto é, provavelmente, bem mais próximo da realidade.

Em um próximo post vamos ver um sumário do que vimos até aqui e tentaremos fazer mais sentido do que aconteceu. E mais ainda: o que isso pode nos ensinar.