Caros
Este post está aqui para desejar a todos um 2011 cheio de realizações, felicidade, sucesso e muita paz.
Vamos entrar neste novo ano com o espírito renovado!
Este blog tem como propósito sincero esclarecer as notícias e novidades sem confundir.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Um pouco sobre a privatização da telefonia
Este post é um de muitos que irei fazer aos poucos sobre a privatização da telefonia celular. Meu ponto é que a despeito dos problemas, o processo resultou em benefícios para o país.
Hoje falo sobre a questão da tecnologia.
Há muitos comentaristas que falam que o Brasil iria atingir as metas do PASTE. Isso, segundo eles, mesmo sem privatização. Como? Devido à evolução da tecnologia de telecomunicações...
Estas pessoas falam isto porque não entendem de tecnologia e nem como a mesma se insere na realidade. Duvida? Vamos a alguns exemplos - VHS versus Betamax, Apple vs PC, Windows vs OS2...
A verdade é que antes de chegar ao final é IMPOSSÍVEL determinar qual será a tecnologia vencedora. Em outras palavras, a estrada dos sucessos tecnológicos está pavimentada com os restos dos fracassos tecnológicos.
E não dá para esperar para descobrir o vencedor. Os participantes tem de apostar em que cavalo acham que irá ganhar.
No caso da telefonia tivemos vários problemas destes: desde a escolha do AMPS, passando pela disputa entre TDMA e CDMA até desaguar na vitória do GSM como tecnologia de segunda geração e caminho para terceira geração.
E muita gente apostou no cavalo errado.
No entanto, como era uma corrida, os mais bem posicionados puderam modificar suas apostas para terem mais chance de ganhar mercado.
E com isto, algumas dezenas de bilhões de reais puderam ser usados sem que o governo tivesse que tirar este dinheiro de outros serviços à população
Hoje falo sobre a questão da tecnologia.
Há muitos comentaristas que falam que o Brasil iria atingir as metas do PASTE. Isso, segundo eles, mesmo sem privatização. Como? Devido à evolução da tecnologia de telecomunicações...
Estas pessoas falam isto porque não entendem de tecnologia e nem como a mesma se insere na realidade. Duvida? Vamos a alguns exemplos - VHS versus Betamax, Apple vs PC, Windows vs OS2...
A verdade é que antes de chegar ao final é IMPOSSÍVEL determinar qual será a tecnologia vencedora. Em outras palavras, a estrada dos sucessos tecnológicos está pavimentada com os restos dos fracassos tecnológicos.
E não dá para esperar para descobrir o vencedor. Os participantes tem de apostar em que cavalo acham que irá ganhar.
No caso da telefonia tivemos vários problemas destes: desde a escolha do AMPS, passando pela disputa entre TDMA e CDMA até desaguar na vitória do GSM como tecnologia de segunda geração e caminho para terceira geração.
E muita gente apostou no cavalo errado.
No entanto, como era uma corrida, os mais bem posicionados puderam modificar suas apostas para terem mais chance de ganhar mercado.
E com isto, algumas dezenas de bilhões de reais puderam ser usados sem que o governo tivesse que tirar este dinheiro de outros serviços à população
domingo, 26 de dezembro de 2010
Vou aproveitar e ensinar um pouquinho sobre contagem de multidões
Primeiro temos que entender que é complicado ter resultados precisos. Podemos ter apenas aproximações na maioria dos casos.
Mas a forma de contar é importante, sendo que há truques para melhorar o desempenho. O primeiro que quero compartilhar é a área ocupada.
Uma pessoa parada ocupa uma certa área em um espaço público. Uma primeira aproximação em multidões é de 1 pessoa por metro quadrado (já falei disto em outros posts), mas em multidões muito densas pode chegar a 2 pessoas por metro quadrado.
Então podemos dividir em três situações
Multidões esparsas - cerca de 1/2 pessoa por metro quadrado ou 1 pessoa a cada 2 metros quadrados.
Multidões normais - cerca de 1 pessoa por metro quadrado
Multidões compactas - cerca de 2 pessoas por metro quadrado
Então o primeiro passo é determinar qual é o tipo de sua multidão. Freqüentemente a multidão não é composta de modo uniforme, então designe percentagens da área em questão aonde a multidão está compacta, normal e esparsa. Por exemplo, em uma área de 100 metros quadrados temos 20% compacta, 40% normal e 40% esparsa. A conta fica:
100 metros quadrados *(0.2*2 pessoas/ metro quadrado + 0.4*1 pessoas/ metro quadrado + 0.4*0.5 pessoas/ metro quadrado) = 100 pessoas
O segundo truque é contar fileiras. Se há 10 fileiras com 10 pessoas temos um total de 100 pessoas. Naturalmente não é isso, mas aí o truque é super-estimar: use as fileiras com maior número de pessoas.
O exemplo do cifrão:
O maior braço tem 6 pessoas, temos 16 braços (tamanhos diferentes) então 16* 6 = 96 pessoas. Se contarmos veremos um total de 79 pessoas.
Um erro aceitável
***********************************************************************
Adendo
Recebi um comentário relevante de um anônimo. Mas como política não publico comentários de anônimos (as razões estão colocadas ao longo do blog). No entanto, como o comentário é relevante, eu vou reproduzi-lo aqui:
"Alô Menezes Em multidões o número de pessoas por metro quadrado tranquilamente chega a passar de SEIS.. ABRAÇOS esta tua multidão tá folgada!!! kkkkkkkkkkkkkkkk"
Realmente podemos chegar a bem mais do que 6 por metro quadrado em uma multidão (mas não muito mais que 8 pessoas por metro quadrado). Isto pode acontecer em grandes aglomerações (futebol, concertos, etc...). Para levar isto em consideração basta adicionar mais algumas categorias no caso da contagem.
Felizmente a aproximação de 3 categorias é razoável para multidões em espaços abertos.
Acima temos mais de 4 pessoas por metro quadrado
Mas a forma de contar é importante, sendo que há truques para melhorar o desempenho. O primeiro que quero compartilhar é a área ocupada.
Uma pessoa parada ocupa uma certa área em um espaço público. Uma primeira aproximação em multidões é de 1 pessoa por metro quadrado (já falei disto em outros posts), mas em multidões muito densas pode chegar a 2 pessoas por metro quadrado.
Então podemos dividir em três situações
Multidões esparsas - cerca de 1/2 pessoa por metro quadrado ou 1 pessoa a cada 2 metros quadrados.
Multidões normais - cerca de 1 pessoa por metro quadrado
Multidões compactas - cerca de 2 pessoas por metro quadrado
Então o primeiro passo é determinar qual é o tipo de sua multidão. Freqüentemente a multidão não é composta de modo uniforme, então designe percentagens da área em questão aonde a multidão está compacta, normal e esparsa. Por exemplo, em uma área de 100 metros quadrados temos 20% compacta, 40% normal e 40% esparsa. A conta fica:
100 metros quadrados *(0.2*2 pessoas/ metro quadrado + 0.4*1 pessoas/ metro quadrado + 0.4*0.5 pessoas/ metro quadrado) = 100 pessoas
O segundo truque é contar fileiras. Se há 10 fileiras com 10 pessoas temos um total de 100 pessoas. Naturalmente não é isso, mas aí o truque é super-estimar: use as fileiras com maior número de pessoas.
O exemplo do cifrão:
O maior braço tem 6 pessoas, temos 16 braços (tamanhos diferentes) então 16* 6 = 96 pessoas. Se contarmos veremos um total de 79 pessoas.
Um erro aceitável
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Adendo
Recebi um comentário relevante de um anônimo. Mas como política não publico comentários de anônimos (as razões estão colocadas ao longo do blog). No entanto, como o comentário é relevante, eu vou reproduzi-lo aqui:
"Alô Menezes Em multidões o número de pessoas por metro quadrado tranquilamente chega a passar de SEIS.. ABRAÇOS esta tua multidão tá folgada!!! kkkkkkkkkkkkkkkk"
Realmente podemos chegar a bem mais do que 6 por metro quadrado em uma multidão (mas não muito mais que 8 pessoas por metro quadrado). Isto pode acontecer em grandes aglomerações (futebol, concertos, etc...). Para levar isto em consideração basta adicionar mais algumas categorias no caso da contagem.
Felizmente a aproximação de 3 categorias é razoável para multidões em espaços abertos.
Acima temos mais de 4 pessoas por metro quadrado
Aumento para que?
(Manifestantes - 200 pessoas na conta do jornalista e 79 na minha conta - formando um cifrão)
Estou vendo na internet diversas pessoas convocando para manifestações de repúdio ao aumento dos parlamentares.Devo dizer que o aumento de quase 100% em um período de estabilidade e baixa inflação é bastante irritante. Ao mesmo tempo esta questão sempre volta a baila a cada 4 anos.
E naturalmente, a miopia e pouca memória das pessoas faz com que tudo se repita novamente (protestos em 2006 e aprovação em 2007).
Eu tenho uma hipótese ainda não verificada que o aumento da próxima legislatura tem de ser aprovado pela anterior. Isto explicaria porque a novela se repete a intervalos de 4 anos.
Mas o problema é que ainda não vi uma explicação decente para isto. Nenhuma.
Eu só vejo ataques de todos os lados. Por que só estamos vendo um lado?
sábado, 25 de dezembro de 2010
Grampo Telefônico - A verdade aparece
Conforme já havia mencionado em diversos posts, esta história dos grampos estava muito estranha.
Pois bem o texto de Ilimar Franco diz textualmente:
A POLÍCIA FEDERAL concluiu que não houve grampo ilegal nos telefones do então presidente do STF, Gilmar Mendes, no episódio em que foi divulgado diálogo com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
E assim, finalmente pode-se chegar a conclusão que a histeria daqueles dias causa vergonha em muita gente hoje em dia. Claro quer hoje os desmemoriados - e são muitos - tentam desfazer o que disseram no passado agora no presente. Felizmente este blog tem uma pá de textos sobre grampo telefônico e com muitos e muitos links.
Desmonta o argumento de qualquer um
******************************************************************************
Adendo
Novamente tivemos um comentário anônimo. A política é não publicar comentários de anônimos, mas o ponto colocado é interessante. Então vamos ao que foi dito:
"Alô menezes "Não houve grampo ilegal" É BEM DIFERENTE DE QUE "NÃO HOUVE" GRAMPO. Lógica matemática. abraços"
Sim, a afirmação "não houve grampo ilegal" possui duas conclusões possíveis:
Confesso que eu não tinha considerado a segunda alternativa. Mas temos de admitir que se ela for verdadeira, então as conseqüências do ocorrido são ainda piores: afinal quem autorizou o grampo do ministro do STF e/ou senador da república?
Pois bem o texto de Ilimar Franco diz textualmente:
A POLÍCIA FEDERAL concluiu que não houve grampo ilegal nos telefones do então presidente do STF, Gilmar Mendes, no episódio em que foi divulgado diálogo com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
E assim, finalmente pode-se chegar a conclusão que a histeria daqueles dias causa vergonha em muita gente hoje em dia. Claro quer hoje os desmemoriados - e são muitos - tentam desfazer o que disseram no passado agora no presente. Felizmente este blog tem uma pá de textos sobre grampo telefônico e com muitos e muitos links.
Desmonta o argumento de qualquer um
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Adendo
Novamente tivemos um comentário anônimo. A política é não publicar comentários de anônimos, mas o ponto colocado é interessante. Então vamos ao que foi dito:
"Alô menezes "Não houve grampo ilegal" É BEM DIFERENTE DE QUE "NÃO HOUVE" GRAMPO. Lógica matemática. abraços"
Sim, a afirmação "não houve grampo ilegal" possui duas conclusões possíveis:
- Não houve grampo
- Houve grampo legal
Confesso que eu não tinha considerado a segunda alternativa. Mas temos de admitir que se ela for verdadeira, então as conseqüências do ocorrido são ainda piores: afinal quem autorizou o grampo do ministro do STF e/ou senador da república?
Aonde está Wally?
Uma das questões mais complexas sobre a navegação é precisamente determinar a posição aonde o navio se encontra. Isso nos tempos de GPS, navegação inercial e outras coisas mais é relativamente tranquilo.
Mas e nos tempos das caravelas? Sim, certamente os meios para se conhecer a latitude eram bem conhecidos. Mas e a longitude?
Em terra podemos medir a distância percorrida utilizando diversos dispositivos. E claro, as coisas variam se estamos no hemisfério sul ou norte.
Uma forma que imagino ter sido usada em tempos imemoriais é o quanto o dia se estica ao se viajar para oeste e quanto ele se encurta ao se viajar para o leste. Claro que veremos logo que este meio é um pouco tolo em comparação com outros mais interessantes, mas acredito que o seu uso pode explicar algumas coisas.
Em primeiro lugar se temos um barco indo na direção oeste, então em relação à rotação teremos que o efeito prático é uma velocidade adicional v no caso em questão. Assim, supondo um dia aonde o sol nasça as 6 da manhã e se ponha às 6 da tarde, um barco parado notaria que o dia teve a duração de 12 horas. Mas o barco viajando para oeste a uma velocidade v verá um dia de 12*(1+v/1674.4) horas.
Isto significa um dia 12* v /1674.4 horas mais longo que o normal (0.0072 v). E quanto isto significa em minutos? Um dia 0.43 v mais longo. Assim se v for 10 km/h podemos dizer que o dia terá 4.3 minutos a mais. Naturalmente v é a velocidade média em todo o período de 12 horas.
Na realidade, o interessante é saber o deslocamento e não a velocidade. Bem, o deslocamento d é 12*v. No caso da velocidade de 10 km/h isto é simplesmente 120 km. Mas se não sabemos a velocidade, teremos que o tempo adicional T = 12 *v/1674.4 => d = 1674.4*T. Assim se T está em minutos, a fórmula pode ser simplificada para d = 27.91 * T. Para o nosso caso de T = 4.3 minutos temos novamente aproximadamente 120 km.
Claro que isto implica em um relógio cuja precisão é de pelo menos na faixa de segundos. Um erro de 30 segundos no relógio causa um erro próximo de 5 km nesta fórmula.
E claro, já que temos de ter um relógio tão preciso existem meios mais inteligentes de se calcular a posição.
Mas e nos tempos das caravelas? Sim, certamente os meios para se conhecer a latitude eram bem conhecidos. Mas e a longitude?
Em terra podemos medir a distância percorrida utilizando diversos dispositivos. E claro, as coisas variam se estamos no hemisfério sul ou norte.
Uma forma que imagino ter sido usada em tempos imemoriais é o quanto o dia se estica ao se viajar para oeste e quanto ele se encurta ao se viajar para o leste. Claro que veremos logo que este meio é um pouco tolo em comparação com outros mais interessantes, mas acredito que o seu uso pode explicar algumas coisas.
Em primeiro lugar se temos um barco indo na direção oeste, então em relação à rotação teremos que o efeito prático é uma velocidade adicional v no caso em questão. Assim, supondo um dia aonde o sol nasça as 6 da manhã e se ponha às 6 da tarde, um barco parado notaria que o dia teve a duração de 12 horas. Mas o barco viajando para oeste a uma velocidade v verá um dia de 12*(1+v/1674.4) horas.
Isto significa um dia 12* v /1674.4 horas mais longo que o normal (0.0072 v). E quanto isto significa em minutos? Um dia 0.43 v mais longo. Assim se v for 10 km/h podemos dizer que o dia terá 4.3 minutos a mais. Naturalmente v é a velocidade média em todo o período de 12 horas.
Na realidade, o interessante é saber o deslocamento e não a velocidade. Bem, o deslocamento d é 12*v. No caso da velocidade de 10 km/h isto é simplesmente 120 km. Mas se não sabemos a velocidade, teremos que o tempo adicional T = 12 *v/1674.4 => d = 1674.4*T. Assim se T está em minutos, a fórmula pode ser simplificada para d = 27.91 * T. Para o nosso caso de T = 4.3 minutos temos novamente aproximadamente 120 km.
Claro que isto implica em um relógio cuja precisão é de pelo menos na faixa de segundos. Um erro de 30 segundos no relógio causa um erro próximo de 5 km nesta fórmula.
E claro, já que temos de ter um relógio tão preciso existem meios mais inteligentes de se calcular a posição.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
História só faz sentido com ciência
Esta figura mostra os sistemas de correntes marítimas circulantes nos oceanos da Terra.
Se tentarmos entender as grandes descobertas marítimas dos séculos XV e XVI, o conhecimento destas correntes é absolutamente fundamental.
A razão da circulação das correntes é o conhecido efeito coriolis. Além delas existem os ventos alísios.
O efeito combinado dos dois afeta de modo bastante sério a navegação a vela. Com isto, para passar pelo Cabo da Boa Esperança, era necessária a volta do mar.
O maior efeito prático disto é que os navios à vela precisavam ir até boa parte do atlântico para seguir para a Índia.
E daí, descobrir o Brasil não era exatamente uma coisa improvável.
Se tentarmos entender as grandes descobertas marítimas dos séculos XV e XVI, o conhecimento destas correntes é absolutamente fundamental.
A razão da circulação das correntes é o conhecido efeito coriolis. Além delas existem os ventos alísios.
O efeito combinado dos dois afeta de modo bastante sério a navegação a vela. Com isto, para passar pelo Cabo da Boa Esperança, era necessária a volta do mar.
O maior efeito prático disto é que os navios à vela precisavam ir até boa parte do atlântico para seguir para a Índia.
E daí, descobrir o Brasil não era exatamente uma coisa improvável.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Telefonia - Por que és tão cara?
Depois de ler sobre como a telefonia celular do Brasil é a segunda mais cara do mundo, resolvi explicar porque isto acontece.
Sim, há razões bem fortes para que isto ocorra (você não acredita que isto fruto apenas dos empresários malvados, acredita?). Bem, vamos aos fatos:
A tarifa brasileira listada como segunda mais cara do mundo é de US$ 0.24/minuto. A África do Sul tem a mais cara (US$ 0.26/minuto), a maioria dos países da África tem uma tarifa não muito distinta da brasileira. Já na Europa temos a Espanha como mais cara (US$ 0.21/minuto) e o Reino Unido como a mais baixa (US$ 0.14/minuto).
A Rússia, México e Estados Unidos tem uma tarifa na faixa de US$ 0.05/minuto. Os mais baixos são China (US$ 0.03/minuto) e Indonésia (US$ 0.01/minuto).
Muito bem, por que a tarifa brasileira é tão cara? Bem, existem vários motivos. Mas os principais são a tributação e a interconexão.
O custo dos tributos pode chegar a 30% do valor da conta telefônica, sendo o ICMS o principal componente (25%). A coisa pode ser mais elevada ainda em determinados casos.
A interconexão é bem mais complicada. Seu valor pode chegar a 35% do valor da conta. O Valor de Uso Móvel (VUM) pode chegar a US$ 0.20/minuto quando é de móvel para fixo e US$ 0.0125/minuto quando é de fixo para móvel.
O fato é 1/4 do valor da conta são tributos e cerca de 1/3 do valor da conta é a diluição da interconexão entre os diversos usuários. Se separarmos os componentes teremos que dos US$ 0.24/minuto, cerca de US$ 0.06/minuto é tributo e US$ 0.08/minuto é interconexão. Resta então US$ 0.10/minuto que seria a tarifa sem interconexão ou tributos.
Infelizmente isto não é factível. Mas se reduzirmos os tributos pela metade e a tarifa de interconexão pela metade teríamos uma tarifa de US$ 0.17/minuto.
Isto já nos colocaria em bom caminho.
Sim, há razões bem fortes para que isto ocorra (você não acredita que isto fruto apenas dos empresários malvados, acredita?). Bem, vamos aos fatos:
A tarifa brasileira listada como segunda mais cara do mundo é de US$ 0.24/minuto. A África do Sul tem a mais cara (US$ 0.26/minuto), a maioria dos países da África tem uma tarifa não muito distinta da brasileira. Já na Europa temos a Espanha como mais cara (US$ 0.21/minuto) e o Reino Unido como a mais baixa (US$ 0.14/minuto).
A Rússia, México e Estados Unidos tem uma tarifa na faixa de US$ 0.05/minuto. Os mais baixos são China (US$ 0.03/minuto) e Indonésia (US$ 0.01/minuto).
Muito bem, por que a tarifa brasileira é tão cara? Bem, existem vários motivos. Mas os principais são a tributação e a interconexão.
O custo dos tributos pode chegar a 30% do valor da conta telefônica, sendo o ICMS o principal componente (25%). A coisa pode ser mais elevada ainda em determinados casos.
A interconexão é bem mais complicada. Seu valor pode chegar a 35% do valor da conta. O Valor de Uso Móvel (VUM) pode chegar a US$ 0.20/minuto quando é de móvel para fixo e US$ 0.0125/minuto quando é de fixo para móvel.
O fato é 1/4 do valor da conta são tributos e cerca de 1/3 do valor da conta é a diluição da interconexão entre os diversos usuários. Se separarmos os componentes teremos que dos US$ 0.24/minuto, cerca de US$ 0.06/minuto é tributo e US$ 0.08/minuto é interconexão. Resta então US$ 0.10/minuto que seria a tarifa sem interconexão ou tributos.
Infelizmente isto não é factível. Mas se reduzirmos os tributos pela metade e a tarifa de interconexão pela metade teríamos uma tarifa de US$ 0.17/minuto.
Isto já nos colocaria em bom caminho.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
E continua o festival brasileiro de futilidades
Enquanto atiram pedras em FHC e Serra por ódio mesmo, a turma dos jornalistas sem visão deixou passar uma bombinha relativamente grande.
"BRASÍLIA (Reuters) - A equipe de transição anunciou nesta quarta-feira mais quatro ministros do governo Dilma Rousseff, incluindo o novo chanceler, Antonio Patriota.
Até aí tudo bem, se não fossem os telegramas do wikileaks:
"The CDA paid a courtesy call November 18 on Brazilian
Ministry of External Relations (MRE or Itamaraty)
Secretary-General (Deputy Minister) Antonio Patriota.
Patriota has just taken up his duties following three years
as Brazil,s ambassador to Washington. Patriota said he sees
great potential for U.S.-Brazil relations to develop, but
stressed the need for high-level USG visits and a
comprehensive strategic bilateral mechanism in order to avoid
the appearance of neglect and to minimize the negative
affects on U.S.-Latin America relations of the Honduras
situation and the U.S.-Colombia bases agreement. Patriota
raised concerns about a pending Tropical Forests Conservation
Act agreement and defended Brazil,s invitation to Iranian
President Ahmadinejad (reftel). Unlike his anti-American and
obstructionist predecessor, Patriota is eager to engage the
United States. But he will do so on the basis of a
traditional Itamaraty nationalist perspective that remains
cautious and often suspicious regarding U.S. actions and
motives.
Patriota began by saying -- and repeated twice more
over the course of the conversation -- how important it is
for U/S Bill Burns to visit Brazil before the end of the
year, so that Brazil can receive Secretary Clinton and
President Lula early in 2010. He noted that President Lula
will be traveling a great deal in the first semester of 2010,
and that the second semester will be out of the question in
light of Brazil,s October elections. Patriota said the
high-level visits are important for the tone of the
relationship with Latin America as a whole, and Brazil in
particular. They will allow our differences to be seen
within a larger, and overall, positive context. Although he
has been the first to stress quality of contact over
quantity, he said there is a growing sense of neglect, which
is made worse by disagreements over Honduras and the
U.S.-Colombia base agreement. "We need new developments," he
said."
Claro que o atual chanceler está certíssimo. Errados estão os puxa-sacos e espalhadores de boatos que pululam a internet. E nem vou falar de jornalistas "sérios".
"BRASÍLIA (Reuters) - A equipe de transição anunciou nesta quarta-feira mais quatro ministros do governo Dilma Rousseff, incluindo o novo chanceler, Antonio Patriota.
Também foram confirmadas as escolhas de Fernando Pimentel para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Aloizio Mercadante para a pasta de Ciência e Tecnologia. Nelson Jobim seguirá como ministro da Defesa.
Foi anunciado ainda Giles Azevedo, como chefe de gabinete da presidente eleita."Até aí tudo bem, se não fossem os telegramas do wikileaks:
"The CDA paid a courtesy call November 18 on Brazilian
Ministry of External Relations (MRE or Itamaraty)
Secretary-General (Deputy Minister) Antonio Patriota.
Patriota has just taken up his duties following three years
as Brazil,s ambassador to Washington. Patriota said he sees
great potential for U.S.-Brazil relations to develop, but
stressed the need for high-level USG visits and a
comprehensive strategic bilateral mechanism in order to avoid
the appearance of neglect and to minimize the negative
affects on U.S.-Latin America relations of the Honduras
situation and the U.S.-Colombia bases agreement. Patriota
raised concerns about a pending Tropical Forests Conservation
Act agreement and defended Brazil,s invitation to Iranian
President Ahmadinejad (reftel). Unlike his anti-American and
obstructionist predecessor, Patriota is eager to engage the
United States. But he will do so on the basis of a
traditional Itamaraty nationalist perspective that remains
cautious and often suspicious regarding U.S. actions and
motives.
Patriota began by saying -- and repeated twice more
over the course of the conversation -- how important it is
for U/S Bill Burns to visit Brazil before the end of the
year, so that Brazil can receive Secretary Clinton and
President Lula early in 2010. He noted that President Lula
will be traveling a great deal in the first semester of 2010,
and that the second semester will be out of the question in
light of Brazil,s October elections. Patriota said the
high-level visits are important for the tone of the
relationship with Latin America as a whole, and Brazil in
particular. They will allow our differences to be seen
within a larger, and overall, positive context. Although he
has been the first to stress quality of contact over
quantity, he said there is a growing sense of neglect, which
is made worse by disagreements over Honduras and the
U.S.-Colombia base agreement. "We need new developments," he
said."
Claro que o atual chanceler está certíssimo. Errados estão os puxa-sacos e espalhadores de boatos que pululam a internet. E nem vou falar de jornalistas "sérios".
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Goodbye Blake Edwards
Breakfast at Tiffany´s
Abertura
Tema Principal
Claro que eu podia ter ido com a Pantera Cor-de-Rosa. Mas estes clips aqui são uma forma diferente de lembrar do grande diretor.
Abertura
Tema Principal
Claro que eu podia ter ido com a Pantera Cor-de-Rosa. Mas estes clips aqui são uma forma diferente de lembrar do grande diretor.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Uma recomendação - Guia da Cerveja Vagabunda
Encontrei neste blog o guia da cerveja vagabunda. Além disto o blog tem uma boa análise de diversas bebidas.
Algumas análises são impagáveis!
Algumas análises são impagáveis!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Outra conseqüência dos wikileaks
Uma conseqüência não totalmente inesperada, mas certamente um pouco surpreendente do vazamento pelos wikileaks é o desafio que isto traz para mídia.
Não é apenas o desafio de divulgar e tornar claro o que está sendo vazado. Não, nada disso. A imprensa não tem a menor possibilidade de conseguir transmitir este evento em toda sua magnitude. O caso do papéis do Pentágono são um exemplo claro que este tipo de informação, com todas as suas ramificações, está muito acima da capacidade da imprensa de mastigar para seus leitores (as 4 mil páginas podem ser vistas aqui).
O caso atual é diferente por causa que a magnitude do vazamento praticamente impede o controle editorial sobre o assunto. Na realidade é uma situação de um mercado dos vendedores, ou seja os compradores que se virem. Os veículos de mídia tem de se virar para tentar publicar a informação, caso contrário serão soterrados em uma avalanche de dados - pelos competidores.
E assim se vai a discrição editorial.
O que se vê é a publicação sem recortes ou edição do material. Isto é bom? Bem, para os historiadores eu desconfio que sim.
Mas e o público em geral? Se o passado é um indicador do futuro temos então que os leitores serão soterrados em uma avalanche de informação e sairão dela com suas visões particulares, restritas e editadas do material. Certamente serão muito poucos os leitores de todo o material.
E aí vem uma parte interessante do problema: muito como em outros sistemas sociais, a enorme maioria das pessoas irá obter suas informações de um número relativamente pequeno de fontes (que podem ser blogueiros, jornalistas, jornais, programas televisivos, etc...). Este fenômeno é bastante estudado e tem resultado em trabalhos interessantes.
A conclusão que a maior parte da informação vêm de um conjunto pequeno de fontes é de uma relevância ímpar. Não só joga por terra a idéia que a disponibilização pura e simples de informação é o suficiente para se tomar decisões informadas, como também mostra o caráter social (e com uma boa dose de preconceitos) de como recebemos e tratamos a informação.
Talvez tenha sido um imperativo biológico, talvez tenha sido um acidente de percurso, mas o fato é que a tendência natural das pessoas é acreditar naquilo que normalmente acreditamos e desconfiar do que não nos é familiar.
E isso esta sendo colocado em xeque pela primeira vez em muito tempo. Agora temos acesso não só ao que as nossas fontes de informação dizem, mas o que as fontes originais de informação disseram.
Em alguns casos o quadro não é bonito - em especial dos colegas blogueiros
As análises de alguns sites são de dar dó pela pobreza e ignorância
Não é apenas o desafio de divulgar e tornar claro o que está sendo vazado. Não, nada disso. A imprensa não tem a menor possibilidade de conseguir transmitir este evento em toda sua magnitude. O caso do papéis do Pentágono são um exemplo claro que este tipo de informação, com todas as suas ramificações, está muito acima da capacidade da imprensa de mastigar para seus leitores (as 4 mil páginas podem ser vistas aqui).
O caso atual é diferente por causa que a magnitude do vazamento praticamente impede o controle editorial sobre o assunto. Na realidade é uma situação de um mercado dos vendedores, ou seja os compradores que se virem. Os veículos de mídia tem de se virar para tentar publicar a informação, caso contrário serão soterrados em uma avalanche de dados - pelos competidores.
E assim se vai a discrição editorial.
O que se vê é a publicação sem recortes ou edição do material. Isto é bom? Bem, para os historiadores eu desconfio que sim.
Mas e o público em geral? Se o passado é um indicador do futuro temos então que os leitores serão soterrados em uma avalanche de informação e sairão dela com suas visões particulares, restritas e editadas do material. Certamente serão muito poucos os leitores de todo o material.
E aí vem uma parte interessante do problema: muito como em outros sistemas sociais, a enorme maioria das pessoas irá obter suas informações de um número relativamente pequeno de fontes (que podem ser blogueiros, jornalistas, jornais, programas televisivos, etc...). Este fenômeno é bastante estudado e tem resultado em trabalhos interessantes.
A conclusão que a maior parte da informação vêm de um conjunto pequeno de fontes é de uma relevância ímpar. Não só joga por terra a idéia que a disponibilização pura e simples de informação é o suficiente para se tomar decisões informadas, como também mostra o caráter social (e com uma boa dose de preconceitos) de como recebemos e tratamos a informação.
Talvez tenha sido um imperativo biológico, talvez tenha sido um acidente de percurso, mas o fato é que a tendência natural das pessoas é acreditar naquilo que normalmente acreditamos e desconfiar do que não nos é familiar.
E isso esta sendo colocado em xeque pela primeira vez em muito tempo. Agora temos acesso não só ao que as nossas fontes de informação dizem, mas o que as fontes originais de informação disseram.
Em alguns casos o quadro não é bonito - em especial dos colegas blogueiros
As análises de alguns sites são de dar dó pela pobreza e ignorância
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
A forma das coisas futuras
A questão do wikileaks trouxe questões muito relevantes para como vemos o mundo.
Não, não estou falando dos telegramas. Estou falando da reação do resto do mundo - principalmente dos Estados Unidos.
Olhe que coisa interessante:já surgiram duas mulheres acusando Julian Assange de violação sexual. Em paralelo a isto a Amazon decidiu não hospedar mais a página do wikileaks, paypal extingue conta do wikileaks, e praticamente temos uma espécie de boicote internacional contra o site.
Mas a vingança veio rápida, hackers decidiram se vingar dos perseguidores.
O problema naturalmente são as ramificações disto. As razões para Amazon rescindirem o contrato de hospedagem do site são francamente de uma candura quase imbecil. Os mesmos livros que a Amazon vende não possuem a garantia demandada para o site. A mesma justificativa tola foi usada pelo paypal.
O problema é que este é um vazamento não controlado. Até agora suspeito que muito poucas pessoas tem conhecimento do que continham os 250 mil documentos.
A impressão que dá é que o governo norte-americano está fazendo o impossível para evitar a divulgação do restante do material. E nisto está arranhando seriamente a própria imagem internacional (talvez até mais seriamente que no governo Bush), detonando a imagem de diversos governos aliados, arrasando as chances de declaração de isenção de algumas corporações transnacionais mundo afora (Amazon, Paypal, Visa e Mastercard certamente não terão o mesmo nível de confiabilidade de antes).
Em suma temos um possível retrato que as ações de governos e empresas irão conflitar cada vez mais com a imagem que tentam apresentar.
E no fundo temos uma prova que informação é realmente poder.
E quem divulga a informação quer exercer o controle sobre o que é publicado.
É uma forma de controle, só que frontalmente oposta aos tempos de hiper-transparência.
Não, não estou falando dos telegramas. Estou falando da reação do resto do mundo - principalmente dos Estados Unidos.
Olhe que coisa interessante:já surgiram duas mulheres acusando Julian Assange de violação sexual. Em paralelo a isto a Amazon decidiu não hospedar mais a página do wikileaks, paypal extingue conta do wikileaks, e praticamente temos uma espécie de boicote internacional contra o site.
Mas a vingança veio rápida, hackers decidiram se vingar dos perseguidores.
O problema naturalmente são as ramificações disto. As razões para Amazon rescindirem o contrato de hospedagem do site são francamente de uma candura quase imbecil. Os mesmos livros que a Amazon vende não possuem a garantia demandada para o site. A mesma justificativa tola foi usada pelo paypal.
O problema é que este é um vazamento não controlado. Até agora suspeito que muito poucas pessoas tem conhecimento do que continham os 250 mil documentos.
A impressão que dá é que o governo norte-americano está fazendo o impossível para evitar a divulgação do restante do material. E nisto está arranhando seriamente a própria imagem internacional (talvez até mais seriamente que no governo Bush), detonando a imagem de diversos governos aliados, arrasando as chances de declaração de isenção de algumas corporações transnacionais mundo afora (Amazon, Paypal, Visa e Mastercard certamente não terão o mesmo nível de confiabilidade de antes).
Em suma temos um possível retrato que as ações de governos e empresas irão conflitar cada vez mais com a imagem que tentam apresentar.
E no fundo temos uma prova que informação é realmente poder.
E quem divulga a informação quer exercer o controle sobre o que é publicado.
É uma forma de controle, só que frontalmente oposta aos tempos de hiper-transparência.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Mais sobre o caso Finatec
Esta semana tivemos novamente a divulgação que um professor da UnB foi condenado a 10 anos por fraude. O caso ocorreu devido ao uso da Finatec como forma de driblar a lei de licitações.
Isso me deixou chateado. Primeiro porque eu acalentava a esperança que o professor em questão fosse inocentado - na realidade eu acreditava que ele era inocente.
Bem, e ele é inocente? Não sei, mas não posso também escolher duvidar da sentença do juiz só porque não gostei dela. Então vou me abster pensar nisto (claro que poderia tomar uma posição, mas temo que por motivos lógicos esta posição coincidisse com a do juiz, ou pior passasse a depender da hipótese de uma gigantesca conspiração contra o professor).
Claro que existem interesses neste caso, afinal a notícia original é de 25 de outubro e agora está de novo na mídia. Quando uma notícia velha reaparece como nova então há algum interesse para tanto (ou então é jornalismo de qualidade fraca mesmo)
Mas este não é o segundo motivo. O segundo motivo é que algumas pessoas acreditam que isto é motivo para acabar com a Finatec ou pelo menos encerrar o processo de recredenciamento.
A lógica é esta: o professor que dirigia a Finatec foi condenado por fraude, logo a Finatec é corrupta ( e por conseguinte todas as instituições nos moldes da Finatec são corruptas - e preto é branco).
Bem eu nem preciso trazer a lista de falácias lógicas para mostrar o erro do pensamento.
Aqui se está condenado a instituição pela ação do indivíduo. E neste caso pode-se estar super-dimensionando o papel do indivíduo na instituição, sub-dimensionando o papel da instituição sobre o indivíduo ou simplesmente antropomorfizando a instituição (trazendo a mesma características humanas - é muito comum, o pessoal faz isso com o capitalismo, comunismo, governo, a lista é grande).
Mas o fato é que o erro do indivíduo não pode a priori condenar a instituição.
Se seguirmos por esta estrada não vamos gostar de onde vamos chegar
Isso me deixou chateado. Primeiro porque eu acalentava a esperança que o professor em questão fosse inocentado - na realidade eu acreditava que ele era inocente.
Bem, e ele é inocente? Não sei, mas não posso também escolher duvidar da sentença do juiz só porque não gostei dela. Então vou me abster pensar nisto (claro que poderia tomar uma posição, mas temo que por motivos lógicos esta posição coincidisse com a do juiz, ou pior passasse a depender da hipótese de uma gigantesca conspiração contra o professor).
Claro que existem interesses neste caso, afinal a notícia original é de 25 de outubro e agora está de novo na mídia. Quando uma notícia velha reaparece como nova então há algum interesse para tanto (ou então é jornalismo de qualidade fraca mesmo)
Mas este não é o segundo motivo. O segundo motivo é que algumas pessoas acreditam que isto é motivo para acabar com a Finatec ou pelo menos encerrar o processo de recredenciamento.
A lógica é esta: o professor que dirigia a Finatec foi condenado por fraude, logo a Finatec é corrupta ( e por conseguinte todas as instituições nos moldes da Finatec são corruptas - e preto é branco).
Bem eu nem preciso trazer a lista de falácias lógicas para mostrar o erro do pensamento.
Aqui se está condenado a instituição pela ação do indivíduo. E neste caso pode-se estar super-dimensionando o papel do indivíduo na instituição, sub-dimensionando o papel da instituição sobre o indivíduo ou simplesmente antropomorfizando a instituição (trazendo a mesma características humanas - é muito comum, o pessoal faz isso com o capitalismo, comunismo, governo, a lista é grande).
Mas o fato é que o erro do indivíduo não pode a priori condenar a instituição.
Se seguirmos por esta estrada não vamos gostar de onde vamos chegar
O germezinho do autoritarismo
Já encontrou com uma pessoa que disse assim: "Não sei porque o governo gasta dinheiro com decoração de Natal. Isto é só dinheiro jogado fora!"
É até bastante possível que um dos meus 17 leitores também pensem assim. Não fiquem tristes, eu também tenho estes pensamentos vez por outra.
Mas vamos levar a questão um pouco mais a frente: troque as palavras "decoração de Natal" por "concerto ao ar livre", ou por "desfile militar", ou por "show da vitória/virada". Então, ainda é desperdício de dinheiro?
O ponto é sutil, pois a priori poderíamos incluir qualquer "atividade cultural" no pacote "desperdício de dinheiro". Então pode ser que estivéssemos efetivamente privando a população de cultura.
Aí a coisa fica complicada...
Como justificar racionalmente um gasto de dinheiro em uma "atividade cultural". Bom, imagino que você já foi ao cinema alguma vez na vida (ou teatro, ou dança, ou concerto). Então como você justificou o gasto nesta ocasião?
Claro que nesta linha de raciocínio eu estou trapaceando: enquanto VOCÊ tomou uma decisão de usar seu dinheiro em uma atividade cultural, o uso do dinheiro dos contribuintes em uma atividade cultural não é decidido por todos os contribuintes.
Realmente, é muito raro isto acontecer. Na realidade o uso do dinheiro é decidido pelos representantes do povo - supostamente com no interesse da população. E aí que a porca torce o rabo...
Enquanto estamos no plano das opiniões está tudo muito bom e razoável. Mas uma vez que passamos do plano das opiniões para o da ação ou mesmo do suporte estamos indiretamente usurpando o poder dado aos representantes pela população.
"Ora bolas, mas se eu vejo que é errado não posso fazer nada a respeito?"
Naturalmente que pode. Mas para ações há conseqüências, para ações existem ramificações.
São situações diferentes uma manifestação popular contra algo considerado errado (por exemplo: um representante popular excedeu sua autoridade ou cometeu um crime) e uma manifestação de um grupo contra algo que consideram errado (por exemplo: gastar dinheiro na decoração de Natal).
No primeiro caso, a manifestação (que pode ser feita por um ou mais grupos) está agindo em defesa da população, mesmo que ela não compreenda isto.
No segundo caso, a manifestação (que pode ser feita por um ou mais grupos) está agindo em defesa do que acha melhor, e a opinião da população realmente não conta nisto.
O segundo caso é o espirro causado pelo germezinho do autoritarismo
Diferenças sutis, porém significativas
É até bastante possível que um dos meus 17 leitores também pensem assim. Não fiquem tristes, eu também tenho estes pensamentos vez por outra.
Mas vamos levar a questão um pouco mais a frente: troque as palavras "decoração de Natal" por "concerto ao ar livre", ou por "desfile militar", ou por "show da vitória/virada". Então, ainda é desperdício de dinheiro?
O ponto é sutil, pois a priori poderíamos incluir qualquer "atividade cultural" no pacote "desperdício de dinheiro". Então pode ser que estivéssemos efetivamente privando a população de cultura.
Aí a coisa fica complicada...
Como justificar racionalmente um gasto de dinheiro em uma "atividade cultural". Bom, imagino que você já foi ao cinema alguma vez na vida (ou teatro, ou dança, ou concerto). Então como você justificou o gasto nesta ocasião?
Claro que nesta linha de raciocínio eu estou trapaceando: enquanto VOCÊ tomou uma decisão de usar seu dinheiro em uma atividade cultural, o uso do dinheiro dos contribuintes em uma atividade cultural não é decidido por todos os contribuintes.
Realmente, é muito raro isto acontecer. Na realidade o uso do dinheiro é decidido pelos representantes do povo - supostamente com no interesse da população. E aí que a porca torce o rabo...
Enquanto estamos no plano das opiniões está tudo muito bom e razoável. Mas uma vez que passamos do plano das opiniões para o da ação ou mesmo do suporte estamos indiretamente usurpando o poder dado aos representantes pela população.
"Ora bolas, mas se eu vejo que é errado não posso fazer nada a respeito?"
Naturalmente que pode. Mas para ações há conseqüências, para ações existem ramificações.
São situações diferentes uma manifestação popular contra algo considerado errado (por exemplo: um representante popular excedeu sua autoridade ou cometeu um crime) e uma manifestação de um grupo contra algo que consideram errado (por exemplo: gastar dinheiro na decoração de Natal).
No primeiro caso, a manifestação (que pode ser feita por um ou mais grupos) está agindo em defesa da população, mesmo que ela não compreenda isto.
No segundo caso, a manifestação (que pode ser feita por um ou mais grupos) está agindo em defesa do que acha melhor, e a opinião da população realmente não conta nisto.
O segundo caso é o espirro causado pelo germezinho do autoritarismo
Diferenças sutis, porém significativas
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Dá até vontade de dizer
eu bem que avisei. Mas deixo apenas um relato do que aconteceu hoje - talvez como uma forma de lembrar que abrir a caixa de pandora tem conseqüências...
Vejamos o que aconteceu hoje...
Da folha:
Alunos da UnB protestam contra "beijódromo" e gritam "demagogo" para Lula
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA
A inauguração do Memorial Darcy Ribeiro, batizado de "beijódromo", foi marcada por manifestação dos alunos contra o reitor da UnB (Universidade de Brasília), José Geraldo Sousa Júnior e contra a obra. O presidente Lula também foi alvo dos manifestantes.
Sérgio Lima/Folhapress
Alunos com cartazes que pediam hospital, prédios e mais recursos para a educação durante discurso de Lula
Acompanhavam o evento os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica (Uruguai).
Enquanto discursava, o reitor foi vaiado e teve que ouvir gritos dos manifestantes, que são estudantes da universidade. "UnB sucateada", "chega de mentira" e "fora repressão" foram algumas das expressões gritadas em coro pelos alunos.
Quando foi discursar, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, pediu um acordo com os manifestantes, que parassem de gritar em respeito a Lula e Mujica.
"A hora é de saudar o mestre Darcy Ribeiro", afirmou Ferreira, que desistiu de discursar por causa do calor. Disse que publicará seu discurso no site do Ministério da Cultura.
Os manifestantes ensaiaram vaiar o ministro e não suspenderam a manifestação.
O beijódromo custou cerca de R$ 8,5 milhões e ficou pronto em poucos meses. Por conta da rapidez das obras, os alunos criticavam o fato de a Casa do Estudante não ter ficado pronta como foi prometido pela reitoria.
A cerimônia foi realizada ao lado do memorial e a cobertura montada pela organização do evento era de plástico transparente, o que deixava vazar o sol para os convidados.
DEMAGOGO
Ao começar a discursar, Lula também foi alvo dos manifestantes. Enquanto falava da biografia de Darcy Ribeiro, os alunos gritavam "demagogo". O presidente pareceu irritado e o volume do microfone foi aumentado, abafando a voz dos manifestantes que foram barrados pela segurança e ficaram do lado de fora das grades que separavam o palco e convidados dos alunos da universidade. "Ô Lula, deixa a galera entrar", gritaram, durante boa parte do discurso presidencial.
Será que Lula gostou?
Vejamos o que aconteceu hoje...
Da folha:
Alunos da UnB protestam contra "beijódromo" e gritam "demagogo" para Lula
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA
A inauguração do Memorial Darcy Ribeiro, batizado de "beijódromo", foi marcada por manifestação dos alunos contra o reitor da UnB (Universidade de Brasília), José Geraldo Sousa Júnior e contra a obra. O presidente Lula também foi alvo dos manifestantes.
Sérgio Lima/Folhapress
Alunos com cartazes que pediam hospital, prédios e mais recursos para a educação durante discurso de Lula
Acompanhavam o evento os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica (Uruguai).
Enquanto discursava, o reitor foi vaiado e teve que ouvir gritos dos manifestantes, que são estudantes da universidade. "UnB sucateada", "chega de mentira" e "fora repressão" foram algumas das expressões gritadas em coro pelos alunos.
Quando foi discursar, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, pediu um acordo com os manifestantes, que parassem de gritar em respeito a Lula e Mujica.
"A hora é de saudar o mestre Darcy Ribeiro", afirmou Ferreira, que desistiu de discursar por causa do calor. Disse que publicará seu discurso no site do Ministério da Cultura.
Os manifestantes ensaiaram vaiar o ministro e não suspenderam a manifestação.
O beijódromo custou cerca de R$ 8,5 milhões e ficou pronto em poucos meses. Por conta da rapidez das obras, os alunos criticavam o fato de a Casa do Estudante não ter ficado pronta como foi prometido pela reitoria.
A cerimônia foi realizada ao lado do memorial e a cobertura montada pela organização do evento era de plástico transparente, o que deixava vazar o sol para os convidados.
DEMAGOGO
Ao começar a discursar, Lula também foi alvo dos manifestantes. Enquanto falava da biografia de Darcy Ribeiro, os alunos gritavam "demagogo". O presidente pareceu irritado e o volume do microfone foi aumentado, abafando a voz dos manifestantes que foram barrados pela segurança e ficaram do lado de fora das grades que separavam o palco e convidados dos alunos da universidade. "Ô Lula, deixa a galera entrar", gritaram, durante boa parte do discurso presidencial.
Será que Lula gostou?
domingo, 5 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
Espírito Natalino - A Few of My Favorite Things
Original
The Supremes
Jazz 1 - John Coltrane
Jazz 2 - Gontiti
The Supremes
Jazz 1 - John Coltrane
Jazz 2 - Gontiti
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Provavelmente a melhor interpretação até hoje - tirando um filme
Some day, when I'm awfully low,
When the world is cold,
I will feel a glow just thinking of you...
And the way you look tonight.
Yes you're lovely, with your smile so warm
And your cheeks so soft,
There is nothing for me but to love you,
And the way you look tonight.
With each word your tenderness grows,
Tearing my fear apart...
And that laugh that wrinkles your nose,
It touches my foolish heart.
Lovely ... Never, ever change.
Keep that breathless charm.
Won't you please arrange it ?
'Cause I love you ... Just the way you look tonight.
Mm, Mm, Mm, Mm,
Just the way you look to-night.
Wikileaks - Fazendo minha parte
O site do wikileaks está sem atualizar por causa do cablegate.
Mas a internet é uma caixinha de surpresas - aqui você pode ler sem problemas
Eu não tenho problema com os Estados Unidos, mas neste caso eles estão tomando a decisão errada. Os pais fundadores iriam desaprovar o rumo que o governo tomou neste caso.
They who can give up essential liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety. - Benjamin Franklin
Mas a internet é uma caixinha de surpresas - aqui você pode ler sem problemas
Eu não tenho problema com os Estados Unidos, mas neste caso eles estão tomando a decisão errada. Os pais fundadores iriam desaprovar o rumo que o governo tomou neste caso.
They who can give up essential liberty to obtain a little temporary safety, deserve neither liberty nor safety. - Benjamin Franklin
Taxas de Homicídio
Já faz algum tempo que desconfio que as pessoas tendem a acreditar mais nas suas crendices do que nos fatos. E quando falo crendices não estou falando de pessoas de pouca educação... Muito pelo contrário.
Já vi diversas pessoas ditas esclarecidas falando sandices a torto e a direito. E há quem acredite.
Então vamos falar da percepção do perigo do homicídio. As taxas são geralmente por 100.000 pessoas - e a mundial está em 7.6. Isto efetivamente é algo como uma probabilidade menor do que 1 em 10.000 (ou menor que 0.0001%).
Já no Brasil está taxa sobe para 25.2 para cada 100.000. Isso é muito alto em comparação com a Argentina (5.27), Paraguai (12.9) e Uruguai (4.3). Esta taxa coloca o Brasil no número 9 de países com maior taxa de homicídio (atrás apenas de El Salvador, Honduras, Jamaica, Guatemala, Venezuela, África do Sul, Colômbia e Belize).
Mas mesmo dentro do Brasil temos diferenças. Primeiro que as taxas de homicídios para homens (47.7) e para mulheres (3.9) são muito diferentes (inesperado? Nem tanto...).
Segundo que os locais que imaginamos ter altas taxas de homicídio (Rio de Janeiro - 31.2 ou São Paulo - 17.7) são bem diferentes dos locais que realmente tem altas taxas de homicídios (Foz do Iguaçu - 91.2 ou Maceió - 92.4).
Então, este é daqueles casos aonde imaginamos uma coisa e a realidade é outra...
Já vi diversas pessoas ditas esclarecidas falando sandices a torto e a direito. E há quem acredite.
Então vamos falar da percepção do perigo do homicídio. As taxas são geralmente por 100.000 pessoas - e a mundial está em 7.6. Isto efetivamente é algo como uma probabilidade menor do que 1 em 10.000 (ou menor que 0.0001%).
Já no Brasil está taxa sobe para 25.2 para cada 100.000. Isso é muito alto em comparação com a Argentina (5.27), Paraguai (12.9) e Uruguai (4.3). Esta taxa coloca o Brasil no número 9 de países com maior taxa de homicídio (atrás apenas de El Salvador, Honduras, Jamaica, Guatemala, Venezuela, África do Sul, Colômbia e Belize).
Mas mesmo dentro do Brasil temos diferenças. Primeiro que as taxas de homicídios para homens (47.7) e para mulheres (3.9) são muito diferentes (inesperado? Nem tanto...).
Segundo que os locais que imaginamos ter altas taxas de homicídio (Rio de Janeiro - 31.2 ou São Paulo - 17.7) são bem diferentes dos locais que realmente tem altas taxas de homicídios (Foz do Iguaçu - 91.2 ou Maceió - 92.4).
Então, este é daqueles casos aonde imaginamos uma coisa e a realidade é outra...
Mais probabilidades
Fiquei encucado com uma questão apresentada no Discovery channel: quão distante você deve estar de uma explosão?
Sim eu entendo que há muitas variáveis em questão, mas imagino que no final é uma questão de área. Ou seja a probabilidade deve ser proporcional a razão de áreas (entre a área coberta pela explosão e a área do corpo em questão.
No caso a área do corpo é Ac e a área coberta pela explosão é pi*R^2.
Então podemos dizer que a probabilidade em R=R1 é Ac/(pi*R^2)
Alternativamente, a razão de probabilidades p(R1)/p(R2) é R2^2/R1^2
Ou em português claro: quando se dobra a distância a probabilidade de ser atingindo é dividida por 1/4.
Claro que isto só vale para explosões simétricas
Sim eu entendo que há muitas variáveis em questão, mas imagino que no final é uma questão de área. Ou seja a probabilidade deve ser proporcional a razão de áreas (entre a área coberta pela explosão e a área do corpo em questão.
No caso a área do corpo é Ac e a área coberta pela explosão é pi*R^2.
Então podemos dizer que a probabilidade em R=R1 é Ac/(pi*R^2)
Alternativamente, a razão de probabilidades p(R1)/p(R2) é R2^2/R1^2
Ou em português claro: quando se dobra a distância a probabilidade de ser atingindo é dividida por 1/4.
Claro que isto só vale para explosões simétricas
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
O beijódromo e o resto dos campi
Nesta semana será inaugurado o beijódromo.
Como isto aqui é um espaço de opinião meu eu vou dizer o que penso: não era o momento.
A inauguração de uma obra assim com baixa prioridade em tão pouco tempo (?) quando outras obras se atrasam se configura em uma rematado mau gosto. Transmite-se uma expressão de escárnio. A impressão ou percepção é o que fica.
Felizmente o dinheiro para construção veio da Fundação Darcy Ribeiro e do Ministério da Cultura. Mesmo assim, empatam-se recursos da UnB senão na construção então certamente na manutenção.
Enquanto isso, os campi sofrem com atrasos de obras - com destaque para os prazos fictícios que já corroeram a credibilidade quanto ao tempo que as obras irão ainda perdurar.
A idéia de um memorial a Darcy Ribeiro é boa (com todas as reservas que tenho com o mesmo - eu li algumas coisas do referido ex-reitor).
O timing é péssimo. E timing, assim como percepção, é tudo.
E com isto vai aumentando o coro dos insatisfeitos com as decisões tomadas.
Como isto aqui é um espaço de opinião meu eu vou dizer o que penso: não era o momento.
A inauguração de uma obra assim com baixa prioridade em tão pouco tempo (?) quando outras obras se atrasam se configura em uma rematado mau gosto. Transmite-se uma expressão de escárnio. A impressão ou percepção é o que fica.
Felizmente o dinheiro para construção veio da Fundação Darcy Ribeiro e do Ministério da Cultura. Mesmo assim, empatam-se recursos da UnB senão na construção então certamente na manutenção.
Enquanto isso, os campi sofrem com atrasos de obras - com destaque para os prazos fictícios que já corroeram a credibilidade quanto ao tempo que as obras irão ainda perdurar.
A idéia de um memorial a Darcy Ribeiro é boa (com todas as reservas que tenho com o mesmo - eu li algumas coisas do referido ex-reitor).
O timing é péssimo. E timing, assim como percepção, é tudo.
E com isto vai aumentando o coro dos insatisfeitos com as decisões tomadas.
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